Popularmente a palavra "tantra" é composta por duas raízes acústicas: "tan" e "tra". "Tan" significa expansão e "Tra" libertação.
Compilado e coletado por Beraldo Lopes Figueiredo |
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102 - YOGA |
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ÍNDICE: 102.1 - A YOGA ATRAVÉS DO TEMPO:
102.2 - As linhas de Yoga
102.3 - Fases do corpo e seu amadurecimento 102.4 - Patanjali
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102.1 - A YOGA ATRAVÉS DO TEMPO: |
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102.1.2 -
OBJETIVO:
102.1.3 - TIPOS: Há diferentes tipos de Yoga que se adaptam a diferentes tipos de personalidade. Historicamente, o mais significativo ramo do Yoga é o Sistema Clássico de Patânjali, também chamado Raja Yoga ou Yoga Darshana. Existem inúmeros outros tipos de Yoga, muitos deles não-sistemáticos, geralmente misturados com conceitos populares. O tipo de Yoga atualmente mais praticado no Ocidente é o Hatha Yoga.
Ramos Clássicos da Yoga: (Tradicional) Hatha Yoga: a via do aperfeiçoamento do corpo psico-físico Raja Yoga: a via do domínio amplo da mente Karma Yoga: a via da ação desapegada, para o prático Bhakti Yoga: a via da devoção, amor autruísta, para os religiosos Jnana Yoga: a via do conhecimento, para o intelectual; Tantra Yoga: a via do controle das energias sutis, sexuais, para a realização do conhecimento puro Mantra Yoga: a via do controle da mente pelo domínio dos sons (interiores e exteriores).
Outros Ramos da Yoga: Yantra Yoga: estuda formas geométricas e símbolos. Yoga Criktsa: yoga terapêutica. Kundalini Yoga: yoga do poder do fogo ígneo. Kryia Yoga: yoga da purificação, etc. Purna Yoga: yoga integral, a síntese de todas as linhas do yoga.
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A palavra yoga vem da raiz sânscrita yuj que significa atrelar, unir, juntar.
Seria então a união do ser individual (jivatman) ao Ser Supremo (paratman).
102.1.5 -
O QUE É A YOGA?
Mas os mestres advertem sobre a difusão da Yoga:
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102.1.6 - ORIGEM DA YOGA:
Os primeiros vestígios da civilização de Harappa foram encontrados pelo arqueólogo inglês Alexander Cunningham no final do século 19. Suas descobertas deram origem a diversos trabalhos arqueológicos que se estenderam ao longo do século 20, e que determinaram os traços de uma grande civilização na região do vale do Indo. Ela recebeu o nome de harapeana em referência aos dois dos primeiros e mais importantes sítios arqueológicos descobertos no local: as cidades de Harappa e Mohenjo-Daro.
Nessas escavações foi encontrado um selo mostrando um homem em posição de meditação, o que indica que alguns hábitos relacionados ao Hinduísmo e ao Yoga já existiam nessa civilização.
O período áureo dos harapeanos ocorreu entre 2700 a.C. e 1900 a.C. No entanto, é importante observar que nos sítios arqueológicos da região foi descoberta a cidade de Mehgarh, com traços da cultura harapeana e datando de 6000 a.C.
Além dos trabalhos arqueológicos terem determinado a presença de civilização urbana anterior à invasão dos arianos, alguns hinos do Rig Veda fazem referências à regiao do Vale do Indo como assentamento de povos védicos, datados de 2600 a.C.
No entanto, a notável cultura das metrópoles de Harappa e de Mohenjo-Daro, no vale do Indo, parece ter simplesmente desaparecido entre 1800 e 1500 a.C., na mesma época em que ocorreu a invasão dos arianos. A história convencional tenta explicar o fato citando um possível cataclismo que teria varrido do mapa essa civilização, mas existem versões segundo as quais ao chegarem à região os árias teriam encontrado as cidades abandonadas.
Convencionalmente, a história determina que os arianos invadiram a região por volta de 1500 a.C., subjugando facilmente a civilização harapeana, de etnia dravídica, de pele mais escura. Os invasores teriam imposto seu idioma e as bases do Hinduísmo, e absorvido as bases do Yoga e traços culturais locais, o que teria resultado, com o tempo, no desaparecimento dos harapeanos.
Até o século 19, o conceito de ariano não era associado a etnia ou superioridade de raças. O termo ária (ârya) se referia a uma cultura e à base idiomática comum de povos, ligados ao sânscrito. A idéia de arianos de pele clara combatendo drávidas de pele escura surgiu na Europa durante o século 19, provocando o separatismo étnico. As RAÍZES DO YOGA SE encontram no xamanismo arcaico, e sua evolução se prende ao desdobramento de expressões culturais da Índia, como o Hinduísmo, o Budismo e o Jainismo.
As práticas mais antigas do Yoga são encontradas no livro sagrado do Hinduísmo, os Vedas, composto de quatro hinários em sânscrito: Rig, Yajur, Sama e Atharva. Veda significa "conhecimentos", "aquilo que foi visto".
Os hinários são considerados a forma mais antiga de literatura da Índia e da humanidade. Segundo algumas pesquisas, foram compostos mais de quatro mil anos antes da nossa era.
O Rig Veda é uma coleção de 1.028 hinos, escritos em sânscrito, organizados em dez livros, conhecidos como mandalas. Academicamente, entende-se que teria surgido por volta de 1500-1200 a.C. No entanto, as pesquisas arqueológicas no vale do Indo durante o século 20 sugerem sua criação no terceiro milênio a.c.
Os hinos revelam, entre outras coisas, as crenças, costumes e a cultura dos antigos habitantes da Índia, incluindo encantamentos e orações dirigidas aos deuses e forças da natureza. A obra compreende as sementes de todas as formas de pensamento que surgiram na Índia ao longo de sua história, o que deu origem ao bramanismo e, mais tarde, ao Hinduísmo, incluindo o Yoga.
No Rig Veda, o termo yoga e o seu radical yuj surgem com freqüência, geralmente associados à submissão ou à disciplina, além de se referirem a idéias e práticas do Yoga, embora de forma não-sistematizada. Nele existem descrições detalhadas do corpo sutil, kundalini e os sete chacras, que deram base para os diferentes Yoga tântricos.
Existem também referências ao Yoga em outro hinário védico, o Atharva-Veda (Conhecimento de Atharvan), repleto de encantamentos mágicos, com hinos de significado metafísico e espiritual. Atharvan era um rishi (sábio, vidente), membro de uma família de videntes dos tempos védicos. Alguns pesquisadores acreditam que a obra é mais recente que o Rig Veda, mas existem especulações de que provavelmente tenha sido compilado no terceiro milênio a.c. No seu 15° livro existem informações importantes sobre irmandades vrâtyas, que desenvolveram as primeira práticas de Yoga.
O HINDUÍSMO É BASEADO na tradição sagrada dos brâmanes (brâhmana). Sua história remonta à época do Rig Veda, e sua sabedoria e conhecimento estão contidos nas quatro coleções de hinos védicos conhecidos como Vedas.
O Hinduísmo pode ser dividido em oito períodos:
A Era Védica foi do quarto milênio a.C. ao ano 2000 a.c., e se baseou nos ensinamentos do Rig Veda. A Era Bramânica se estendeu até 1500 a.C., e foi marcada pela literatura ritual Brâhmana. De 1500 a.C à 500 a.C., o Hinduísmo viveu a Era dos Upanishads, com os ensinamentos contidos nos Upanishads, a primeira literatura mística na Índia. A partir desse período até o ano 200 ocorreu a Era Épica, influenciada pela epopéia Mahabharata (Mahãbhârata), que contém a mais bela obra sobre o Yoga.
A Era Clássica se estendeu até o ano 800, e marcou a cristalização das escolas filosóficas dos períodos anteriores e a composição do Yoga Sutra. De 800 a 1500, a Era Tântrica marcou um novo estilo cultural influenciado pela literatura dos Tantras. De 1500 a 1700, a Era Sectária foi determinada pelo movimento bhakti, o auge das aspirações monoteístas.
A Era moderna do Hinduísmo teve início a partir de 1700, com o colapso do império mogol e o início do domínio britânico na Índia. No final do século 19, o Hinduísmo entrou numa fase de renascimento e passou a ser mais divulgado no Ocidente.
Atualmente, o Hinduísmo possui mais de 700 milhões de seguidores em todo o mundo, com o seu conglomerado de culturas religiosas.
O BUDISMO FOI CRIADO por Gautama, o Buda. Além de ser uma tradição espiritual oriental, desenvolveu suas próprias escolas de Yoga. As escrituras sânscritas do Budismo Mãháyana se referem a Siddhârta Gautama, o Buda, como um iogue (yogin). Ele teria estudado com mestres conhecidos em sua época e, segundo algumas teorias, teria alcançado o estado místico que eles propunham como forma suprema de iluminação.
Para Buda, a libertação seria alcançada por meio do nobre caminho óctuplo, que compreende: visão correta, decisão correta, fala correta, conduta correta, modo de vida correto, esforço correto, atenção correta e concentração correta.
A natureza iogue do caminho de Buda se torna evidente pelo uso de técnicas de posturas asanas, ou ás sanas (âsanas), e controle da respiração pranaiama (prânâyârna). As doutrinas originais budistas sugerem um tipo agnóstico de Yoga que tem como meta a "extinção", o nirvana (nirvâna). Os sutras do Budismo Màhãyana equilibram a "extinção" com o ideal da "compaixão" (karunâ).
O Jainismo é uma tradição espiritual fundada por um contemporâneo de Buda, Vardhamâna Mahávira. No entanto, suas raízes históricas atingem um passado remoto. Suas escrituras citam a existência de uma linhagem de 24 mestres, dos quais Mahâvira foi o último. O Jainismo aspira a realização da mais elevada perfeição, a pureza original, que é livre de toda a dor, sofrimento e cativeiro de nascimentos e mortes.
A espiritualidade do Jainismo e o seu rigor influenciaram muitos aspectos do Yoga, principalmente por defender a "não violência" (ahimsâ) e os ensinamentos ligados a moral (karma). I
Muitos dos estudiosos e escritores jainistas articularam e criaram idéias muito semelhantes às do Yoga. Em 750, Haribhadra fez uso, em sua obra, de codificações dos trabalhos de Patanjali (gramático, escritor e autoridade do Yoga).
102.1.7 - DESENVOLVIMENTO DA YOGA:
O período inical do YOGA pode ser reconstruído a partir de vestígios arqueológicos das cidades encontradas na região do rio Indo (3000 a 1800 a.C.), da civilização do rio Sarasvati (Harappa), I e elementos contidos nos I quatro hinários védicos. Por si só, o material arqueológico não comprova a prática do Yoga nessa época, mas demonstra a existência de uma cultura rica em rituais que tinham muitas concepções que serviriam de suporte à existência de um Yoga arcaico.
Nessa fase, os rishis (videntes) tinham visões ao realizar seus rituais. Segundo pesquisadores, foram eles quem redigiram os hinos védicos, em estado alterado de consciência. Há vestígios da prática da meditação nessa época, principalmente com o uso de mantras. Seus praticantes utilizavam técnicas de meditação, controle da respiração por meio do canto dos hinos, invocação de deuses com determinadas expressões e posturas físicas.
2 - YOGA PRÉ-CLÁSSICO Essa etapa teve início com os primeiros Upanishads (palavra composta por sat, "sentar"; upa e ni, significando "sentar-se perto do 'próprio mestre:"), um gênero de literatura hindu desenvolvido por volta de 1500 a.C. Representavam um refinamento dos ensinamentos espirituais dos antigos Vedas, com a ' "interiorização mística" da noção de "sacrifício". Considerados ensinamentos secretos, os Upanishads apresentavam quatro temas em sua metafísica, intimamente relacionados. Em primeiro lugar, transmitiam o ensinamento de que o âmago transcendente de um ser (âtman) é idêntico ao âmago transcendente do universo (brahman). A doutrina da encarnação repetida dos seres humanos era o segundo tema desenvolvido. Havia ainda o ensinamento do carma e da retribuição, que explicava os efeitos metafísicos das atitudes das pessoas. O último preceito revelava que a produção de carma e reencarnações futuras dependiam de práticas espirituais, principalmente ligadas à meditação e renúncia.
3 – YOGA ÉPICO Às vezes também conhecido como pré-clássico, o Yoga Épico abrange o período de 500 a 200 a.C. Nesse período desenvolveram-se os Upanishads. Grande parte da coleção é formada por testemunhos de sábios que viviam à margem do bramanismo ortodoxo, recolhidos numa forma de vida contemplativa.
Todos os Upanishads são considerados revelações sagradas (shruti) e pertencem à parte da sabedoria (jánna-kanda), em oposição à parte ritual (karma-kanda] da herança védica.
Além dos Upanishads, a epopéia Mah.abh.arata, em seu sexto livro, traz a mais famosa escritura do Yoga, o Bhagavad Cita (Canção do Senhor), que retrata um diálogo entre o deus Arjuna e o Homem Deus Krishna. O Gita trata de Karma Yoga, Jnana Yoga e Bhakti Yoga de forma não-sistematizada.
4 - YOGA CLÁSSICO O Yoga Clássico teve início por volta do ano 200 d. C e tem como texto mais importante o famoso Yoga Sutra (Yoga Sútra), escrito pelo sábio Patanjali. Nele, o mestre expõe um pensamento dualista no qual a matéria (prakriti) e o espírito (purusha} são unidades separadas e distintas, diferindo, portanto, das escolas não dualistas. Essa escola de pensamento é conhecida como Yoga Darshama ou Raja Yoga.
Além do Yoga Sutra de Patanjali, as principais obras do Yoga Clássico I são: Yoga Bhashya, de Vyasa (500); Tattva Vaisharadi (900); Raja Martanda, do rei Bhoja (1100); Sarva Dharshana Samgraha (1400); e Vivarana, de Shankara Bhagavatpada (sem época definida).
O Yoga Sutra trouxe uma interpretação da filosofia e da prática do Yoga que estimulou outros autores e estudiosos a elaborar as idéias metafísicas de Patanjali. Ele ensinou uma forma de dualismo radical na qual há duas categorias eternas de existência: o "si mesmo transcendente" (purusha), e a base transcendente do mundo (prokriti).
O "si mesmo transcendente", segundo Patanjali, compreende incontáveis "si mesmos", que são espectadores passivos diante do cosmos. A base do mundo, naturalmente, compreendia todas as formas e dimensões manifestas da natureza. Embora o sistema de Patanjali seja considerado uma das escolas clássicas, o seu dualismo o impediu de ter um significado maior, pois a orientação clássica do Hinduísmo sempre foi não-dualista (advaita).
5 - YOGA PÓS-CLÁSSICO Essa fase do Yoga compreende os séculos 2 à 19, e inclui diferentes escolas e tradições de iogues que floresceram após os trabalhos de Patanjali, além de ensinamentos anteriores. Esse período é marcado pelo Yoga Upanishads, pelas escrituras do Tantra e pelo Hatha Yoga. Os ensinamentos se baseiam numa espécie de filosofia não-dualista, que caracterizava o Yoga Pré-Clássico.
6 - YOGA MODERNO A partir de 1900, teve início a fase do Yoga Moderno, marcada por um mestre espiritual, Sri Aurobindo Ghose (1872-1950), que criou o Yoga Integral (Purna Yoga). Diferente das formas tradicionais de Yoga, o Purna Yoga não encorja o abandono do mundo ou das obrigações mundanas. Ele tem como objetivo realizar a consciência supermental por meio de uma atitude afirmativa
1 - Iama Iama (yama) pode signficar controle ou disciplina, e está relacionada à ética moral qu forma a base da disciplina espiritual. É o primeiro item abordado por patanjali no caminho óctuplo, no Yoga Sutra. Excistem cinco iamas. O primeiro é o “não violência” (ahimsa) em pensamentos ações. A “veracidade” (satya) é o segundo, e se relaciona com a verdade interior. O terceiro é “não roubar” (asteya), e de alguma forma está ligado à não violência. O quarto iama é “castidade” (brahmacharya), e aborda o recolhimento interrior. O último é “ausência” de cobiça” (aparigraha) que desenvolve o desapego dos bens materiais.
2 - Niama o autocontrole, ou niama (niyama), está relacionado com o controle da energia psicofísica pela prática regular da disciplina moral. Seus elementos falam da vida interior: pureza (shauca), contentamento (samtosha), ascetismo (tapas), estudo (svâdhayâya) e devoção ao Senhor (ishvara pranidhâna). O niama harmoniza o relacionamento com as outras pessoas, com a vida em geral e com a realidade transcendental
3 - Ássanas (âsanas) O significado mais comum de ássana (ãsana) é "postura", e em sua origem determinava posições estáveis para a meditação prolongada. Os seus exercícios fortalecem o corpo, dando mais agilidade e prevenindo principalmente doenças psicossomáticas. Desenvolve uma musculatura mais flexível, tendões e ossos mais resistentes, o equilíbrio de glândulas internas. Os exercícios são realizados respeitando o alinhamento das cadeias musculares, dessa forma proporcionando consciência do próprio corpo. O ás sana desbloqueia áreas de tensão que impedem o fluxo da energia vital (prana; prãna). Sempre que o fluxo não é adequado, pode provocar doenças. A prática regular de posturas gera estabilidade, saúde e leveza corporal.
4 - Pranaiama O termo pranaiama (prãnãyâma] é composto por prâna (respiração, força vital) e âyâma (extensão), o que sugere o controle da respiração. Os exercícios respiratórios praticados nessa técnica de Yoga reeducam os músculos envolvidos na respiração, ampliando e melhorando a absorção do oxigênio. Eles atuam nas emoções produzindo equilíbrio interior. O pranaiama age diretamente sobre a nossa energia, aumentando-a e melhorando sua distribuição pelo corpo. A respiração representa a energia vital mais sutil do nosso corpo. Reter o ar é como se tivéssemos a capacidade de segurar o tempo, impedindo sua movimentação. Em muitas modalidades, essa técnica é a mais utilizada, pois ela leva o praticante a ter o controle da respiração: inspiração [púraka), retenção (kumbhaka) e expiração (recaka). Com a prática do pranaiama nossa respiração cotidiana é ampliada, e os músculos e órgãos envolvidos no processo são reeducados para que o padrão respiratório atingido se mantenha mesmo após a prática dos exercícios. O controle dessa força consegue colocar a mente em movimento ou em pausa. Muitos desses exercícios devem ser praticados com instrutor, pois precisam ser corrigidos.
5 - Pratiaara O termo pratiaara (pratyâhâra) significa recolhimento e se relaciona com os sentidos. Com as práticas do Yoga, há o recolhimento dos sentidos, com o objetivo de se observar apenas as experiências, sem que o ego interfira no julgamento. O "não julgar" é que gera o aprendizado, pois ao recolher os sentidos a percepção do mundo interior é maior.
6 - Daraná Daraná (dh.ãranã) significa "concentração". É o estado de atenção que integra todo o ser num único ponto e objetivo. Sua prática é importante para o processo de meditação. A concentração do praticante de Yoga é um estado de alta energia e constante estado de alerta, no qual a mente permanece imóvel, em equilíbrio com suas ondas
7 - Meditação Praticar a meditação é aprender a esvaziar e unificar sistematicamente a consciência. A meditação nos oferece a oportunidade de nos conhecermos melhor, pois estamos sempre preocupados em conhecer o que está à nossa volta, e nos empenhamos pouco em conhecer o que está dentro de nós. Por meio da meditação, damos atenção a nós mesmos e descobrimos como funcionamos, quais são nossas reações diante do que nos cerca. O seu objetivo primário é ter consciência e nos familiarizarmos com a nossa vida interior. O final é o de alcançar a fonte da vida e da consciência. A sua prática, embora simples, requer bastante disciplina e regularidade.
8 - Samádi O termo samádi (samãdhi] significa "êxtase" e é o absoluto estado de identidade com o momento presente, sem ligação com o passado ou futuro. Ele ocorre quando existe concentração suficiente. Há a tomada de consciência e depois a libertação. Por meio das práticas das diversas fases e tipos de êxtase, adquirimos o estado de identidade com o "si mesmo" ou de "ser-consciência".
102.1.9 - DICAS PARA PRATICAR A MEDITAÇÃO: Falar em Voga é o mesmo que falar em meditação, pois todas as suas técnicas visam fornecer meios para tornar possível a prática meditativa que, por sua vez, necessita do treino prático da atenção.
1ª - Escolha um lugar tranqüilo onde você possa sentar de forma confortável e com a coluna ereta. Pode ser numa cadeira ou no chão, com as pernas cruzadas. 2ª - Use roupas que não apertem nem incomodem. 3ª - Evite meditar quando estiver com sono ou muito cansado. Um bom horário para meditar é pela manhã, quando estamos mais descansados. 4ª -Comece com dez minutos diários. Use um despertador para marcar o tempo. 5ª - Não se mova enquanto estiver meditando, pois o corpo é como um pote e a mente é a água dentro dele. 6ª - A atenção deve estar voltada para o objeto da meditação (a respiração, um símbolo, etc.), sem que isso necessite de grande esforço. 7ª - Caso você disperse sua atenção, reinicie o processo. 8ª - Qualquer coisa que ocorra será benéfico. Provavelmente, muitos pensamentos desfilarão por sua mente, e alguns poderão provocar reações como vontade de rir ou chorar. Mesmo assim, continue sentado e volte sua atenção para o objeto da meditação.
Fonte: Revista TUDO SOBRE YOGA - Mythos Editora.
102.1.10 - A ESSÊNCIA DA YOGA: MEDITAÇÃO
A meditação assim como o sonho é uma forma poderosa de comunicação interior. Ela retira da mente os programas de pensamento consciente para permitir que as informações vibracionais superiores (do Eu Superior) penetrem no “biocomutador” para serem processadas e analisadas, além disso, provoca, ao longo do tempo, alterações graduais na anatomia sutil do indivíduo. Os chakras são ativados e desobstruídos lentamente e a energia Kundalini vinda do chakra básico acaba subindo pelas vias sutis na medula espinal até alcançar o chakra da coroa.
Ao longo do curso natural do desenvolvimento humano, a pessoa gradualmente desobstrui a maioria dos chakras do corpo. O grau de abertura dos chakras irá depender da capacidade de comunicação com os outros, de expressar idéias de forma artística e criativa, para amar a si mesmo e aos outros e para buscar o significado último da vida.
A prática diária da meditação, ao longo de um período de muitos anos, produz uma gradual elevação da energia kundalini que vai desobstruindo cada um dos chakras por onde passa; desde o centro do básico até o coronal. Nesse processo as tensões sutis acumuladas ao longo da vida do indivíduo são dissipadas lentamente. Esse desbloqueio também está relacionado com a gradual compreensão das lições emocionais e espirituais necessárias para o correto funcionamento desse chakra.
Ao longo do tempo, os processos emocionais contribuem para o aprendizado dessas importantes lições de vida, à medida que a personalidade consciente começa a compreender as causas dos bloqueios. Essas informações chegam lentamente ao indivíduo através da meditação à medida que ele vai aprendendo a ouvir a sábia voz do seu Eu Superior.
A meditação ajuda a construir pontes energéticas sutis de aprendizado e comunicação que ligam a personalidade física ao conhecimento contido nas estruturas vibracionais superiores da consciência do próprio indivíduo. A repetição de vários sons e mantras, por exemplo, quando efetuada de forma consciente ao longo do tempo pode ser muito eficaz para remover da mente os pensamentos conscientes fazendo com que o hemisfério esquerdo saia de cena silenciando a mente concreta.
Os mantras específicos são sinais de energia vibracional sônica superior que produzem extraordinários efeitos no sentido de elevar a consciência até os níveis espiritais superiores. Tais mantras, quando repetidos (meditação passiva) com freqüência ao longo de um determinado período, pode provocar alterações sutis no sistema nervoso, que associadas à meditação podem redundar na evolução das estruturas de consciência a fim de que elas possam processar os níveis superiores de input vibracional.
À medida que superemos as dificuldades e os bloqueios que nós mesmos criamos, os obstáculos ao fluxo interno de energia criativa são dissolvidos e a ascensão das energias kundalini torna-se mais fácil. Os obstáculos, na sua origem não estão no mundo exterior, mas existem na percepção imperfeita do próprio indivíduo, percepção imperfeita da realidade; são produzidos pela nossa própria maneira de pensar. A eliminação dos bloqueios que impedem a percepção da verdade faz com que os seres humanos cheguem mais perto de compreender o fato de serem manifestações de luz, amor e das energias da Criação. Esses bloqueios , ou melhor, os erros de percepção, nos impedem de conviver harmoniosamente com o próximo e também se manifestam na forma de doenças no corpo físico. A doença irá manifestar-se no sistema de órgãos que ressoa de forma mais íntima com o chakra que rege uma determinada lição a ser aprendida. As vezes a lição não aprendida pode não ter originado na atual existência.
Através da meditação, a personalidade poderá vir a descobri o verdadeiro significado das doenças que afligem o corpo físico. O verdadeiro propósito da meditação é alcançar um estado de iluminação ou também, conhecido pela psicologia junguiana (psicologia analítica), a individuação. Como iluminação seria uma perspectiva mais cósmica ou energética das estruturas da consciência, um senso de unidade com todos os seres vivos e uma compreensão a respeito das questões espirituais subjacentes à realidade física.
Esse elevado nível de percepção permitirá que a pessoa compreenda o significado de sua vida em relação a vida dos outros e ao universo em geral. Esse processo de iluminação está intimamente ligado ao correto alinhamento e ao funcionamento normal dos principais chakras do corpo. Quando a pessoa passa a buscar os significados superiores da vida, geralmente através de religião ou conhecimento sobre estes aspectos superiores (em literatura, cursos etc.) acaba estimulando os sete chakras principais. A meditação amplifica esse processo e acelera a desobstrução dos chakras, ativando sua energia sutil e seu alinhamento de uma forma rápida e direta que só seria possível através de muita devoção e orações conscientes.
Evidências Científicas do efeito meditativo:
As ondas cerebrais refletem de forma indireta a atividade do sistema nervoso central. O significado de uma maior coerência na atividade ondulatória cerebral poderá ser compreendida examinando a diferença entre a luz coerente dos lasers e da luz incoerente da vela. Quando as ondas luminosas são induzidas a se deslocarem lado a lado, como num feixe de laser, a ampliação de energia é enorme. Uma maior coerência na atividade elétrica cerebral pode refletir alterações semelhantes na aplicação da energia mental. A ocorrência de uma maior interação e coordenação entre os hemisférios direito e esquerdo do cérebro, encontrada nos meditadores de muito tempo, também está associada a uma maior criatividade e flexibilidade de pensamento.
Alguns Iogues bem conhecidos demonstraram a cientistas ocidentais sua capacidade de controlar seletivamente a atividade cardíaca, a temperatura da pele e o fluxo de sangue. Outros estudos demonstraram que determinadas práticas meditativas iogues produzem efeitos terapêuticos benéficos a saúde física.
O cientista Itzahak Bentov observou, durante a meditação, a ocorrência de uma pulsação rítmica registrada num aparelho especial. Ele observou que a lenta e ritmada microoscilação de todo o corpo torna-se nítida e regular. À medida que o ciclo respiratório vai alterando, o mesmo acontece com a atividade cardíaca.
Os micromovimentos do corpo detectados pelos aparelhos durante a meditação são muito pequenos, porém a oscilação é suficiente para produzir alterações mensuráveis no sistema nervoso. Determinados micromovimentos geram ondas acústicas (e, provavelmente acústicas) planas que reverberam no espaço fechado da cavidade craniana. Essas ondas se concentram nas cavidades ventriculares ocas e cheias de fluido existentes no interior do cérebro. Em dois ventrículos, os movimentos reflexos das ondas planas cria ondas acústicas estacionárias, cujas frequências dependem da forma e do comprimento dos ventrículos cerebrais. Essas vibrações são transmitidas para os tecidos cerebrais circundantes e conduzidas até os nervos do ouvido médio, onde produz os “sons interiores” que frequentemente são ouvidos pelos meditadores. Essas ondas acústicas estacionárias produzem um movimento no grande feixe de nervos que liga os dois hemisférios cerebrais (o corpo caloso). Essa energia acústica é transformada em atividade elétrica nos tecidos cerebrais que correspondem a diversas partes do corpo. A partir do corpo caloso, a atividade nervosa faz um percurso circular ao longo do córtex sensorial que quando estimulado produz a sensação de que a parte correspondente do corpo está sendo tocada.
A medida que as correntes produzidas pelas vibrações se deslocam através do circuito de reverberações, a matéria cinzenta é gradualmente polarizada na direção do fluxo de energia. Quando a corrente lenta alcança as áreas de resistência ao fluxo energético, no tecido do córtex sensorial, o sinal persiste até conseguir passar para a próxima área. Este processo continua até que as velhas questões estressantes e bloqueios ao fluxo de energia tenham sido eliminados do circuito cerebral. Quando a corrente lenta chega a uma área de tensão ou de bloqueio, a pessoa tem uma sensação de dor na área correspondente do corpo. Embora a sensação tenha origem no córtex sensorial, a dor dá a impressão de provir do corpo físico. A hipótese de Bentov sugere que depois que o circuito através do córtex sensorial tiver sido completado e todas as tensões eliminadas, o fluxo de energia passa a estimular os centros de prazer.
A sensação de prazer e satisfação é geralmente experimentada por meditadores avançados depois de vários anos de prática. Outro fenômeno interessante observado é a “ignição”; a estimulação elétrica repetida de baixa intensidade do sistema límbico, um importante centro cerebral de emoções e memória espacial. No caso da Kundalini, a tempestade elétrica, depois de ser ativada por neurônios especiais, desloca-se rigorosamente ao longo de caminhos neurais bem definidos existentes no interior dos sistema límbico. A ativação do sistema límbico pela meditação (por meio de efeitos da ressonância coração-cérebro) pode determinar o surgimento de um novo conjunto de circuitos neurais no cérebro. A ignição também produz padrões de descarga que ativam ambos os lados do cérebro. Assim, a estimulação desse extraordinário circuito límbico pelo circuito primário do córtex sensorial evoca extraordinários fenômenos visuais por meio da ativação do córtex occiptal. Tais fenômenos, como a visão de luzes brilhantes e grande felicidade são realmente comentados pelos meditadores avançados.
Há possibilidade de ocorrência de casos de ativação espontânea do processo kundalini em indivíduos sensíveis e cronicamente expostos a estímulos acústicos, mecânicos, elétrico na faixa de freqüências produzidas pelos processos naturais de meditação (na faixa de quatro a sete ciclos por segundo). Essa ativação também pode ocorrer em virtude de uma abertura prematura dos chakras pela ascensão da energia kundalini antes que o sistema nervoso tenha tido oportunidade de assimilar o grosso do input (entrada) de energia. Esses casos de ativação espontânea da kundalini geralmente originam sintomas graves e prolongados.
A kundalini enquanto processo de desenvolvimento da prática regular da meditação, é uma forma pela qual pode-se livrar das tensões acumuladas no corpo físico e sutil no longo da existência e abrir seus canais de comunicação para a sintonização e a expressão criativa dos níveis superiores de input vibracional e sutil. Através dos efeitos transformacionais sobre o sistema nervoso, a kundalini elimina as tensões do corpo e da mente logo que elas se manifestam prevenindo assim o cúmulo de novas tensões. Quando as velhas tensões são descarregadas, criam-se novas vias de atividade neural no interior do cérebro, ou seja o antigo cérebro é reorganizado de modo a criar novos circuitos que revelam novas capacidades e potenciais. Bentov sugere que as conexões criadas pela meditação e pelo processo kundalini produzem ligação mais forte e mais consciente entre os sistemas nervoso autônomo e cerebro-espinal, isto é, os processos autônomos inconscientes como respiração, atividade cardíaca e outros ficam sob o controle do córtex cerebral e da mente consciente.
O percurso feito pelas energias kundalini descrita por Bentov semelhante ao trajeto descrito por iogues taoístas (a Órbita microcósmica) inicia-se nos dedos dos pés, segue pelas pernas até a espinha, sobe pelo pescoço, passa pelo rosto e continua a descer pela parte frontal do corpo. Enquanto sobe pela espinha, a energia estimula asa bases internas dos chakras, as quais se ligam aos plexos nervosos localizados ao longo da medula espinal. Ao passar pela cabeça e descer pela frente do peito e do abdômen, a energia estimula as partes frontais dos chakras. Quando isso acontece a pessoa pode sentir formigamento ou ter outras sensações nas partes do corpo associadas aos chakras. Para os iogues indianos, como vimos no capítulo sobre chakras, o trajeto da kundalini é diferente, porém aos poucos, através de novas tecnologias e referencias de clarividentes poderemos entender melhor esses desencontros.
- A meditação pode revelar as lições ocultas que o indivíduo escolheu aprender durante uma dada existência. Quando os bloqueios de percepção são removidos e o comportamento disfuncional alterado, as doenças que foram criadas nos níveis vibracionais superiores podem ser curadas ou consideravelmente minoradas.
Fonte: http://www.numin.org/yoga.htmll
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102.2.1 - RAMOS CLÁSSICOS:
Hatha quer dizer Domínio. Os mais dispostos fisicamente sentirão atração pela Hatha Yoga, que utiliza o domínio externo e interno do corpo físico como ponto de partida. LIMPAR AS VIDRAÇAS PARA QUE A LUZ PENETRE.
Tecnicamente é um sistema de técnicas psicossomáticas que servem de
instrumento para transformar o corpo físico num corpo divino.
1 - âsana (posições corporais);
O hata-ioga (Hatha Yoga) é uma
forma de ioga pré-clássico.
Dá muita importância à prática das
purificações (shat karma), mas também leva em conta seus aspectos sutis,
como o despertar da energia potencial (kundaliní), técnicas de
percepção do som supersutil interior (nada), a absorção final da atenção na
realidade transcendental (laya) e a iluminação (samádhi). |
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102.2.1.2-RAJA-YOGA: A prática da Raja Yoga consiste em pranayamas (controle do alento), irradiação de amor universal, namaskara (rendição total e irrestrita a Deus) e a compreensão do bhávana (conceito da Unidade Divina). A meditação é dividida em externa, interna e transcendental, proporcionando ao praticante o despertar dos poderes latentes e divinos do ser, bem-estar físico e mental, caráter, magnanimidade e a aproximação aos Seres da Luz. Todos os sábios, místicos e santos de todas as religiões, de forma consciente ou intuitiva dessa técnica, praticaram a Raja Yoga. Os principais Avataras dessa modalidade são Sri Krishna e Mitra Deva.
O talento meditativo, que utiliza o domínio interno dos mecanismos da atividade mental. Trata da mente e dos poderes psíquicos, fortifica a VONTADE e a CONCENTRAÇÃO MENTAL.
Rajá significa Rei, esse sistema de Yoga
foi introduzido por Patanjali e significa UNIÃO REAL com a divindade.
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102.2.1.3 - KARMA-YOGA É a Yoga da ação, do reto agir. Os devotos dessa natureza de Yoga procuram atuar corretamente no processo do mundo, tanto nas coisas materiais como espirituais; nos níveis mais elevados, são as pessoas altruístas, que realizam serviço impessoal com renúncia aos seus frutos. Neste ramo da Yoga, se inclui o Judaísmo, ensinado e praticado por Moisés e o Islamismo, pelo profeta Maomé.
É a doutrina da devoção, do amor a Deus e ao próximo, da caridade e da reconciliação. A vivência destes elevados propósitos conduz o verdadeiro discípulo à libertação ou à salvação das misérias humanas e do ciclo das reencarnações compulsórias. Estes são os principais postulados do Cristianismo, uma característica da Bhakty Yoga.
Umas poucas
observações sobre Bhakti-yoga Sadhana
O amor humano é vazio. Ele é uma mera atração animal. Ele é paixão. Trata-se de amor carnal. Ele é um amor egoísta. Ele está sempre mudando. Ele é uma hipocrisia e uma mera aparência. A esposa não cuida do seu marido quando ele está desempregado. Ela franze as sobrancelhas para ele. o marido desgosta-se da sua mulher quando ela perde a beleza devido a alguma doença crônica. Você deve encontrar o verdadeiro, eterno amor de Deus apenas. O amor de Deus não conhece mudanças.
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102.2.1.5 - JNANA-YOGA
1º - VIVEKA (DISCERNIMENTO):
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2º - VAIRAGYA (RENÚNCIA): |
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102.2.1.6 - TANTRA-YOGA: Popularmente a palavra "tantra" é composta por duas raízes acústicas: "tan" e "tra". "Tan" significa expansão e "Tra" libertação.
O Mantra libera a mente da dificuldade em perceber que a pessoa já é aquilo que busca. Equilibra a personalidade para que se possa transcender às limitações. É o poder do som para despertar tudo aquilo que está adormecido dentro das pessoas. Com os Mantras, aprende-se a não lutar ou se envolver com os pensamentos.
LINK PARA O TÓPICO DOS CHAKRAS:
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102.2.2 - OUTROS RAMOS DE YOGA: 102.2.2.1 - YANTRA-YOGA:
Escrito por Kátea Miranda Barros Tradição do Yoga - Georg Feurstein
Buscando sempre a simplicidade da compreensão e a reconstituição de um vínculo efetivo com o sagrado, todas as formas cósmicas podem ser reduzidas a um número definido de figuras geométricas primárias. Reconhece-se nesses elementos um valor simbólico fixo. Quando se combinam, considera-se que expressam as qualidades particulares que se incorporam em certos aspectos da criação.
Estabelecer o yantra dentro de si por meio da visualização e da concentração intensas. Tem de construir na própria mente um vívido modelo tridimensional do yantra. Perceber pela experiência que seu corpo é, na realidade, idêntico à forma do yantra.
Trata-se de um processo difícil e prolongado.
O yantra construído na mente tem de se tornar uma experiência tão intensa que parece algo vivo. Quando o praticante alcança o êxito nessa obra interna, o yantra se torna um campo de força vibrante que absorve completamente a sua atenção. Com o tempo, ele já não sabe se é o Yantra que está dentro dele ou ele que está dentro do yantra. Seus sentidos já não registram os estímulos externos e a pessoa vive completamente dentro de seu mundo interno. Por fim, ela toma consciência da própria divindade (isto é, a força criativa personalizada) do yantra.
Êxito na visualização e na concentração. Pode ser imaginado a partir do ponto central (bindu) para fora, de acordo com o processo de evolução cósmica; ou pode ser visualizado da circunferência exterior em direção meditativa (ou involução). Bindu (gota) representa aquele ponto do espaço e do tempo em que qualquer objeto chega à manifestação. O bindu se situa entre a manifestação e o não-manifesto, entre o ato e a potência.
Uma vez que o yantra visualizado internamente não é outra coisa senão o próprio corpo-mente do praticante.
Dissolver progressivamente o yantra – dos elementos externos em direção aos internos. Como o yantra é identificado ao próprio complexo psicossomático do praticante, essa dissolução do seu mundo interno. Quando a consciência se reduz à unidade do bindu, ocorre uma mudança radical. O yogin ou yoginî se identifica com a Realidade última, super-consciente, onipresente e eterna. Assim, o yantra é somente um instrumento para reduzir aos poucos as complexidades da mente até que se recupere a simplicidade da Realidade, do Si Mesmo transcendente. Essa recuperação é a iluminação.
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102.2.2.2 - KUNDALINI YOGA
O Kundalini Yoga original sobreviveu a muitos desafios, na medida em que se tornou hermético, como uma tradição oral. Após cerca de 500 anos, com o nascimento de Guru Nanak Dev Ji, Guru Gobind Singh Ji, Baba Siri Chand, este sistema foi novamente reorganizado, compilado e trazido novamente para Punjab, Índia. Técnicas respiratórias, mantras, exercícios e meditações passaram a ser ensinadas pelos sikhs. A partir de 1969, o ocidente pôde entrar em contato com esta forma de yoga, através dos ensinamentos do Yogi Bhajan.
O Kundalini Yoga é uma forma dinâmica de yoga que se concentra no trabalho do sistema glandular, imunológico e nervoso. Ele se alicerça no trabalho da energia vital, através de exercícios dinâmicos e técnicas especiais de respiração. Assim, condicionam a musculatura para utilizá-la como catalisadora de radicais livres e toxinas, promovendo a desintoxicação celular e melhorando a circulação sangüínea e linfática. Ao final de cada série de exercícios são utilizadas diferentes meditações para garantir o balanceamento energético complementar aos exercícios físicos e a manutenção de níveis de consciência especiais.
Kundalini Yoga estimula o crescimento individual através de técnicas que fortalecem o sistema nervoso, o sistema glandular e o sistema imunológico, visando o aumento da estabilidade e da vitalidade. É um potente e efetivo sistema de auto transformação e desenvolvimento pessoal.
Yogi Bhajan responde: - O que é Kundalini? - Como é quando a energia do kundalini se eleva? - Kundalini é uma forma de eletricidade?
Resposta do Mestre: O que é kundalini? Kundalini é o conjunto de energia do cosmos no indivíduo e além do indivíduo. É a energia da consciência. Sem esse constante fluxo energético, você não viveria. Com o fluxo dessa energia na mente, você pára de viver em realidades imaginárias e torna-se entregue aos seus objetivos de vida. Você experimenta isso quando a energia do seu sistema glandular se combina com o seu sistema nervoso para criar tal sensibilidade que seu cérebro passa a receber sinais de várias ordens, das mais sutis às mais densas e a integrá-las. Uma nova clareza acompanha suas percepções, pensamentos e intuições. Normalmente, você usa uma pequena porção do potencial do seu cérebro.
Quando a kundalini se desperta, você passa a entender o efeito e o impacto de uma ação e suas conseqüências numa seqüência de reações. Em outras palavras, você se torna consciente. Assim como todos os rios deságuam no oceano, todos os yôgas levam ao despertar do kundalini.
A kundalini é o potencial criativo do ser humano. Para obter a experiência da kundalini é necessário tecnologia e ciência. Eu observo que muitas pessoas ignoram cientificamente o processo pelo qual a kundalini é despertada.
Se há centenas de anos eu tivesse falado sobre energia atômica, as pessoas teriam dito, “é assustador, é impossível. Isto não pode estar dentro de cada substancia.” Eles não sabiam sobre o átomo, sobre sua estrutura interna e sobre seu potencial. Nós ainda temos a mesma ignorância sobre a estrutura e a natureza interna da consciência humana e seu potencial. As pessoas querem essa experiência mas têm medo, então inventam histórias porque lhes falta a prática, e baseiam suas crenças em rumores e desinformação. Este é um problema humano e não de um individuo: sem saber nada sobre algo, ou sem saber o significado de algo, construímos opiniões ou somos influenciados por opiniões. É por isso que eu encorajo você a fazer perguntas, aprender e experimentar.
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102.2.2.3 - KRIYA YOGA INTRODUÇÃO:
O Kriya Yoga é um sistema de Yoga que remonta a tempos imemoriais, e foi revivido nos tempos modernos por Lahiri Mahasaya. Paramahansa Yogananda popularizou o Kriya para o público em geral através do livro Autobiografia de um Iogue. O sistema consiste em técnicas yóguicas que aceleram o desenvolvimento espiritual e ajudam a alcançar um profundo estado de tranquilidade e comunicação com Deus e com o próprio Eu Superior.
A antiga história da Kriya Yoga é misteriosa e encantadora. Suas origens são uma mistura de mitologia, história e ciência que remontam ao amanhecer da consciência humana. Os santos e sábios da Índia vêm praticando e espalhando a ciência da yoga há muito tempo. A Kriya Yoga é uma ciência yogue muito antiga e efetiva, sendo também uma antiga tradição que tem sido praticada por visionários, santos e sábios desde tempos imemoriais.
Na mitologia indiana, mesmo Rama e Krishna praticaram e ensinaram a técnica de meditação Kriya Yoga. Práticas de Kriya foram explicadas pelos rishis nos Upanishads, pelo Sábio Vasishtha na Yoga Vasishtha e pelo Maharshi Patañjali no seu Yoga Sutra.
O Bhagavad Gita (4:1) diz que Deus primeiramente revelou a técnica da Kriya para Vivashvan, depois Vivashvan a passou para seu filho Manu, o sétimo dos quatorze Manus ou progenitores da raça humana. Manu então a transmitiu para seu filho Ikshvaku, fundador da primeira dinastia de reis na Índia antiga. A partir daí esta técnica foi transmitida de pai para filho, que metaforicamente quer dizer do mestre para discípulo, através da transmissão oral direta. Aparentemente perdidos, devido ao crescente declínio espiritual das últimas épocas, estes ensinamentos foram revividos pelo imortal Mahavatar Babaji Maharaj em 1861, que nomeou a técnica "Kriya Yoga".
A iniciação na Kriya Yoga autêntica e original deve ser recebida diretamente dos Swamis ou Yogacharyas autorizados do mestre realizado, Paramahamsa Hariharananda. O Instituto Kriya Yoga não oferece cursos por correspondência ou aulas.
Preparando o Campo As pessoas que desejam receber a iniciação são aconselhadas a “preparar seu campo” familiarizando-se com os ensinamentos de Paramahamsa Hariharananda. Uma boa maneira para começar é ler a revista Cultura da Alma, on-line, e/ou os livros escritos por Paramahamsa Hariharananda epor Swami Prajñanananda Giri.
Participando de um Programa de Kriya Yoga Os Swamis e Yogacharyias veteranos de Paramahamsa Hariharananda viajam regularmente pelos Estados Unidos, Europa, Índia e América Latina para fazer palestras, dar iniciações, conduzir meditações guiadas e oferecer aconselhamento espiritual. Por favor, consulte a seção Programas ou nos envie um e-mail solicitando informações. Um programa de Kriya Yoga consiste numa palestra introdutória seguida pela iniciação na Kriya Yoga autêntica e original e, na continuação, numa série mínima de três meditações guiadas sob a supervisão de um Swami ou Yogacharya. Depois disto, as pessoas praticam regularmente por conta própria e também participam das meditações de grupo de sua região, dependendo de sua disponibilidade (em geral nos fins de semana). Além disto há vários Swamis e Yogacharyas, que estão disponíveis para instruir e guiar buscadores na antiga ciência da Kriya Yoga.
A Instrução Sagrada: A Tradição da Purificação da Kriya Yoga e a Cerimônia de Bençãos A antiga tradição para aprender a ciência real da meditação Kriya Yoga começa com a purificação. Esta implica na participação numa cerimônia sagrada na qual a espinha e o corpo são purificados.
Cada buscador é iniciado individualmente através do toque direto de um professor desta linhagem. O professor infunde diretamente as três qualidades divinas do som, da vibração e da luz no iniciado.
Através deste processo, o buscador aprenderá a perceber a luz interior da alma, a escutar o som divino e a sentir a divina sensação de movimento em todo o seu corpo. Mantras sagrados são cantados durante toda a cerimônia, com explicações apropriadas.
No início da cerimônia ensinam-se técnicas básicas de calma, preparando assim o buscador para a infusão de energia divina. A iniciação na Corrente Sagrada da Consciência Divina é atingida sobrepondo-se à conversa interna da mente. Isso possibilita acalmar os processos mentais e fundir-se com o Divino na forma do Som, da Vibração e da Luz.
A cerimônia de instrução consiste nas seguintes fases:
Purificação do corpo, da espinha e dos sentidos Infusão das triplas qualidades divinas Flor das bençãos Oblação da respiração ao fogo Afirmação Oferendas a Deus e aos Mestres Aspersão da sagrada água da paz A participação na cerimônia de instrução inclui:
Todas purificações cerimoniais Os ensinamentos nas técnicas da 1ª kriya A primeira fase da cerimônia purifica o corpo do buscador. Mais purificação é obtida pelas oblações da respiração na cerimônia do fogo. Esta cerimônia do fogo é aparentemente simbólica, porém faz com que uma limpeza ocorra em níveis mais sutís e profundos. A profundidade da purificação depende do desejo e da receptividade do buscador. Ao terminar a cerimônia dá-se a instrução nas técnicas do 1º nível de Kriya, para que os aspirantes possam continuar o processo de purificação e meditar por conta própria. Diversas técnicas diferentes de Kriya Yoga são reveladas pelo instrutor. Toda a cerimônia, incluindo a infusão das triplas qualidades divinas, é conduzida por um professor autorizado ou por um monge desta linhagem.
Oferendas: O buscador oferece três presentes simbólicos ao instrutor como oferendas a Deus e aos Mestres. As três oferendas são: cinco frutas representando os frutos ganhos pelas atividades durante a vida; cinco flores que representam os cinco sentidos e uma doação financeira que representa respectivamente o corpo causal, astral e físico.
Logística: Pede-se que o buscador preencha um formulário antes de receber a instrução. Será também pedido ao buscador que não divulgue as técnica para outros para manter e proteger a pureza dos ensinamentos.
Acompanhamento: Pede-se que o novo iniciado participe ao menos de três sessões de meditação de acompanhamento com o instrutor. Meditações guiadas semanais acontecem nos diversos centros do país.
Paramahansa Yogananda fala: Kriya Yoga é um método simples, psicofisiológico, pelo qual o sangue humano se descarboniza e volta a oxigenar-se. Os átomos deste extra-oxigênio transmutam-se em corrente vital para rejuvenescer o cérebro e os centros da espinha. Sustando a acumulação de sangue venoso, o iogue pode diminuir ou evitar a degeneração dos tecidos. O iogue adiantado transmuta suas células em energia. Elias, Jesus, Kabir e outros profetas foram, no passado, mestres no uso de Kriya ou de uma técnica similar, pela qual eles materializavam ou desmaterializavam seus corpos à vontade.
Kriya é uma ciência antiqüíssima. Láhiri Mahásaya recebeu-a de seu grande guru, Bábají, que redescobriu e purificou esta técnica depois da Idade Média, época em que esteve perdida. Bábají batizou-a de novo, simplesmente, de Kriya Yoga.
Kriya Yoga é um instrumento que pode acelerar a evolução humana - explica Sri Yuktéswar a seus estudantes. - Os antigos iogues descobriram que o segredo da consciência cósmica se liga intimamente ao domínio da respiração. Esta é a contribuição sem par, e imortal, da índia, ao tesouro de conhecimento do mundo. A força vital, que comumente se emprega para manter a pulsação cardíaca, deve tornar-se livre para atividades superiores por meio de um método que acalme e deteriore as demandas incessantes da respiração.
O Kriya Yogi dirige mentalmente sua energia vital para cima e para baixo, a fim de fazê-la girar em torno dos seis centros espinhais (plexos medular, cervical, dorsal, lombar, sacro e coccígeo), correspondentes aos doze signos astrais do Zodíaco, o Homem Cósmico simbólico. Meio minuto de revolução da energia ao redor do sensitivo cordão da espinha, efetua progressos sutis na evolução do homem; esse meio minuto de Kriya equivale a um ano de desenvolvimento comum.
Kriya Yoga nada tem de comum com exercícios respiratórios anti-científicos ensinados por certos fanáticos extraviados. Tentativas de reter a respiração nos pulmões, até o exagero, são artificiais e decididamente desagradáveis, A prática de Kriya, ao contrário, é acompanhada, desde o início, por sentimentos de paz e sensações suavizantes, de efeito regenerador na espinha.
Esta antiga técnica iogue converte a respiração em substância mental. O adiantamento espiritual permite ao devoto conhecer a respiração como um conceito, um ato da mente: ela é, pois, uma respiração de sonho.
Com alimentação apropriada, luz solar e pensamento harmoniosos, homens que se deixam guiar apenas pela Natureza e seu divino plano, alcançarão a experiência de Deus em um milhão de anos. Necessitam-se doze anos de vida normal saudável para que se efetue o mais leve refinamento na estrutura do cérebro; um milhão de anos solares são precisos até purificar o alojamento cerebral o suficiente para que manifeste a consciência cósmica. Um Kriya Yogi, entretanto, pelo exercício desta ciência espiritual, livra-se da necessidade de um longo período de cuidadosa observância das leis naturais.
Kriya Yoga é o verdadeiro “rito do fogo”, muitas vezes enaltecido no Gíta. O iogue arroja seus anseios humanos numa fogueira monoteísta consagrada ao Deus incomparável. Nesta autêntica cerimônia do fogo, todos os desejos passados e presentes são o combustível consumido pelo amor divino. A Flama Última recebe em holocausto a derradeira loucura humana e o homem se vê livre de escórias. Seus ossos metafóricos despojados de toda carne sensual, seu esqueleto cármico branqueado pelos sóis anti-sépticos da sabedoria, sem ofensas ao homem e ao Criador, ele se encontra - finalmente - limpo
Paramahansa Yogananda Autobiografia de Um Iogue, capítulo 26
Fontes: Wikipédia Bhagavad Gita IV:29 Paramahansa Yogananda, Autobiografia de um Iogue, capítulo 26, referindo-se ao Bhagavad Gita IV:1-2 Aforismos de Patanjali, II:1. Tradução por Paramahansa Yogananda, Autobiografia de um Yogi, capítulo 26 Aforismos de Patanjali, II:49. Tradução de Paramahansa Yogananda, Autobiografia de um Iogue, capítulo 26
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102.2.2.4 - PURNA YOGA: O Yoga Integral ou Purna Yoga (Satya Yoga) de Sri Aurobindo é um método de Yoga que é constituído por um conjunto de técnicas transmitidas por gerações milenares de mestre a discípulo. Um método de Yoga utiliza ou elege diferentes técnicas que são um meio de alcançar o Samadhi, fim último do Yoga.
PURNA quer dizer COMPLETA, outro nome dado à YOGA INTEGRAL, por integrar as várias modalidades principais de YOGA em uma só atividade. SATYA significa VERDADEIRA e é o nome de nosso Fundador, que nos deu a origem do método que foi desenvolvido e adaptado à nossa cultura nos últimos 30 anos de experiência no Brasil e no exterior, reúne as ramificações principais e mais frutíferas da milenar ciência YOGUI, SATYA YOGA é a verdadeira YOGA, água pura da fonte, sem a artificialização de uma indústria mercadológica. SATYA YOGA tem como objetivo o bem estar, saúde e evolução do praticante e não o bem estar de uma empresa ou instituição, tendo assim uma estrutura totalmente voltada para a saúde do corpo, o aprimoramento das faculdades mentais, o conforto do bem estar emocional, a eliminação do estresse, o auto conhecimento, a sabedoria e a paz interior como forma de conforto espiritual. A estrutura e finalidade da dinâmica de nossos métodos não tem como prioridade a ambiciosa liderança mercadológica, ideológica ou institucional.
Reúne uma síntese de todos os tipos de yoga adaptados para nossa cultura. Damos preferência a este método por ser o que tem demonstrado resultados surpreendentemente melhores do que os demais!
Fonte: http://www.angelfire.com/ab6/om/aulas.html
102.2.2.5 - VIDYA YOGA: Vidya Yoga é a atual designação para um antigo ramo do Yoga denominado Raja Vidya Yoga.
O Raja Vidya Yoga, assim como o Vajramushti, foi trazido ao Brasil pelo Grão-Mestre Shri Swami Vyaghrananda, em 1960, após passar por vários países. Em 1980 foi fundado o Vidya Yoga Ashram, em Curitiba - PR, pelo seu discípulo Shri Swami Vyaghra Yogi, atual Grão-Mestre do Vidya e Presidente da Ordem Filosófica. O Vidya Yoga segue a tradição paramparay - transmissão de conhecimento de Mestre a discípulo - o que permitiu que o vasto conhecimento da Cultura Hindu Rishi fosse perpetuado ao longo de mais de dez mil anos, desde que surgiu na Índia, nos sopés dos Himalaias, mais precisamente no Vale do Badarayana, no ano 8710 a.C.
"Vidya" é o termo sânscrito que origina-se da raíz "Vid", que significa conhecimento, verdade, ciência. Desta mesma raiz deriva a palavra Veda.
O Vidya Yoga é uma linha pré-clássica, com orientação Samkhya e Tantra.
102.2.2.6 - LAYA YOGA: Trata-se de uma modalidade de controle da natureza mental, partindo do pressuposto que se pode dominar as funções físicas e psíquicas e, assim, eliminar traumas, angústias, depressões, fobias etc, os chamados "agregados psicológicos". Essa técnica consiste em relaxamento, musicoterapia, auto-sugestões, mantrans (palavras de poder) práticas de respiração para redução dos batimentos cardíacos, dominando-se o corpo físico, permitindo ao Espírito Divino, que está eternamente unido ao ser, manifestar-se e eliminar as desarmonias físico-psíquicas.
102.2.2.7 - GNANA YOGA: É o sistema que busca a comunhão com Deus pela via da Verdade e da Sabedoria. Seus métodos, através de austeridades, ética de conduta, estudos e da meditação, tem como meta a sagrada compreensão da Divindade, da Sua manifestação cósmica e do destino do ser humano. Este é o caminho do Budismo clássico.
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As diversas religiões e filosofias em todo o mundo também fazem a divisão dos corpos do ser humano, sendo que cada uma dá o seu ponto de vista. Por exemplo, a Igreja Católica Apostólica Romana divide o ser humano em "corpo e alma", subentendendo que o corpo é o composto de todos os veículos (Shariras) e alma é o veículo espiritual.
O Espiritismo, por sua vez, pela codificação de Allan Kardec, afirma que o ser humano é composto de "corpo, perispírito e espírito". Neste caso, o corpo diz respeito ao veículo puramente físico; o perispírito diz respeito aos veículos energético, emocional, mental e intuicional, e o espírito é o próprio veículo espiritual do ser humano.
O Vedanta afirma que o ser humano é composto de "5 corpos", sendo que os quatro primeiros são veículos densos e materiais, os quais são alimentados por alimento, Prana, emoção e razão, e o último, Anandamaya Kosha é o veículo da "bem-aventurança". Já o Samkhya (linha espiritualista, natural, dos seguidores de Shiva), afirma que o ser humano é composto dos sete corpos já mencionados acima. Amadurecimento dos Corpos.
As fases do amadurecimento dos corpos, são as seguintes:
Sabemos que os Shariras estão diretamente ligados com os Chakras, e que estes estão relacionados com a Evolução Septenária.
Fonte: Compilação e Resumo da Revista
Sexto Sentido - Autor do texto
Gilberto Schoereder |
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103.4 - PATANJALI |
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Patanjali (em sânscrito: पतञ्जलि ,
Patāñjali) viveu entre 200 a.C. a 400 d.C.. O comentário de Vyasa o define
como descendente de Santanu. Obras
Patāñjali tem a reputação de ser o autor do
Yoga Sutra, bem como do comentário sobre a gramática do sânscrito por
Pānini(Ashtadhyayi) que é conhecido Mahābhāsya ou Bhartrihari. Existem
também muitos textos da Ayurveda atribuídos a ele. Mas quase todas as
escolas acreditam atualmente que estes textos foram escritos por diferentes
pessoas em diferentes eras.
Os Yoga Sutras compilados por Patanjali
provavelmente datam de 150 d.C.; formam uma grande obra contendo aforismos
sobre a sua prática e da sua filosófia do Yoga.
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Compilado e coletado por Beraldo Lopes Figueiredo |
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