Indice - compilado por Beraldo Figueiredo |
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Índice: 23.6.1 - Divindade 23.6.2 - Deus 23.6.3 - Nomes de Deus
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O conceito de divindade assumiu, ao longo dos séculos, várias concepções, evoluindo desde as formas mais primitivas provenientes das tribos da antiguidade até as dogmáticas definições das religiões.
23.6.1.1 - CONCEITO Divindade é um ser sobrenatural, usualmente com poderes significantes, cultuado, tido como santo, divino ou sagrado, e/ou respeitado por seres humanos. Normalmente as divindades são superiores aos seres humanos e à natureza. Divindades assumem uma variedade de formas, mas são freqüentemente antropomorfas ou zoomorfas. Uma divindade pode ser masculina, feminina, hermafrodita ou neutra, mas é usualmente imortal. Por vezes, as divindades são identificadas com elementos ou fenômenos da natureza, virtudes ou vícios humanos ou ainda atividades inerentes aos seres humanos.
Assume-se que uma divindade tenha personalidade e consciência, intelecto, desejos e emoções, num sentido bastante humano desses termos. Além disso, é usual que uma determinada divindade presida sobre aspectos do cotidiano do homem, como o nascimento, a morte, o tempo, o destino etc. A algumas divindades é atribuída a função de dar à humanidade leis civis e morais, assim como serem os juízes do valor e comportamento humano. É também comum atribuir às divindades, ou a interações entre elas, a criação do universo e sua futura destruição.
23.6.1.2 - VISÃO HISTÓRICA Historicamente, não é possível definir qual foi a primeira tribo a manifestar uma idéia de divindade. As primeiras dessas concepções teriam surgido nos períodos Paleolítico e Neolítico, e teriam sido manifestadas pelo sentimento humano de um vínculo com a Terra e com a Natureza, os ciclos e a fertilidade.[1] Contudo, os escritos mais antigos até hoje encontrados referem-se às concepções vindas das religiões suméria, védica e egípcia, as quais surgiram por volta de 3600 a.C..
23.6.1.3 - A VISÃO ORIENTAL No Oriente a partir dos séculos VII e VI aC., surgiram sistemas filosóficos (budismo, taoismo, confucionismo), que não veneram divindades, mas se baseiam em conceitos não-teísticos, os quais chegaram aos nossos dias, com centenas de milhões de adeptos espalhados por vários países dos mundo.
No Extremo Oriente (China, Japão e Índia) foram desenvolvidos complexos conceitos filosóficos não-teísticos, os quais, ao longo do tempo, tem se mesclado com as tradições de primitivas religiões politeístas, que sempre ali existiram e que estavam profundamente enraizadas no espírito do povo.
Xintoísmo – É uma religião nativa do Japão. Envolve a adoração dos Kami, que representam deuses, ou os espíritos da natureza, ou ainda, simplesmente uma presença espiritual. O tema principal e mais importante na religião Xintoísta é um grande amor e reverência pela natureza. Assim, a Lua, uma Cachoeira ou uma Rocha podem ser observados como um Kami. Os Kamis não são divindades transcendentes, mas sim seres divinos que estão próximos a nós, que habitam o mesmo mundo que nós, cometem os mesmos erros que nós, e têm sentimentos e pensamentos semelhantes aos nossos. Uma pessoa que morre pode automaticamente ser transformado em Kami, não importando o tipo de vida que ela tenha levado. Os Kamis podem ser bons ou maus. O Xintoísmo é uma coleção de rituais e métodos que regulam as relações entre os seres humanos e as divindades (Kami). A vida após a morte não é uma preocupação primária para os xintoístas, pois uma ênfase maior é colocada em encontrar a felicidade na vida nesse mundo.
Taoísmo – É uma filosofia não-teística criada por Lao-Tsé, que expôs seus pensamentos no livro: Tao Te Ching. O conceito Deus, conforme é conhecido na tradição ocidental, não existe nesta filosofia. Tudo o que existe é o Tao, que significa “O Caminho”. Tao é um conceito que transcende as dimensões espaço-tempo e, portanto, não pode ser compreendido pela limitada mente humana. Constitue a essência do universo, a realidade última e indefinível, e é através do Tao – termo e meio eterno da evolução – que passam todas as coisas. Tudo é cíclico, pois Tao é a energia que flui através de toda a vida. De Tao deriva-se Yin e Yang – o número dois, que representa a natureza dual de todas as coisas (bom-ruim, vida-morte, dia-noite, claro-escuro, felicidade-tristeza, saúde-doença). De Yin e Yang nasce implicitamente o três (Céu, Terra e Humanidade) e, finalmente, por extensão, se produz a totalidade do mundo na forma como o vemos e conhecemos.
Budismo – Criado por Siddhartha Gautama, o Buda ou o Iluminado, é geralmente visto como uma religião não-teística, embora pregue a existência de deuses – os devas – que são criaturas que gozam de grande felicidade em seus mundos celestiais. Contudo, esses seres, não são eternos e estão sujeitos à morte e a eventuais renascimentos como seres inferiores, amarrados a um determinado aspecto da natureza, no qual terão que incondicionalmente trabalhar. A existência do homem é passageira e cíclica – o Samsara (conjunto dos ciclos de nascimento e morte). O homem somente estará livre desse “Ciclo de Renascimentos” quando eliminar definitivamente seu auto-apreço atingindo a libertação ou Nirvana. Para os budistas somente os seres-humanos podem atingir o nirvana ou a iluminação, os deuses por desconhecerem o sofrimento são incapazes de gerar renúncia ou compaixão. O ser Iluminado confunde-se então com a Mente Universal. Diversos Tantras budistas declaram sobre esse Ser Iluminado: “Eu sou o Núcleo de todas as coisas que existe. Eu sou a Semente de todas as coisas que existe. Eu sou a Causa de todas as coisas que existe. Eu sou a Raiz da Existência”.
Confucionismo - Sistema filosófico, religioso e ético desenvolvido a partir dos ensinamentos de Confúcio. O objetivo principal dessa filosofia consiste - não em subjugar as pessoas a um Ser Superior (Deus) - mas sim, através de Ritos, trabalhar no interior delas, a fim de moldar seu comportamento e dar auto-controle sobre seus desejos. Nesse sentido, todos reconhecerão sua posição relativa diante de seus semelhantes, identificando a cada instante quem é o mais jovem e quem é o mais sábio, quem é o visitante e quem é o dono da casa, e assim por diante; e atingirão o conhecimento sobre sua obrigação entre os outros e sobre o que esperar deles. Há obrigações específicas prescritas para todos os participantes em todas as ramificações do relacionamento humano. "Não faça aos outros, aquilo que voce não quer que eles façam a você", é a máxima chinesa conhecida como Regra de Ouro do Confucionismo. A solidariedade e a educação são os grandes ideais buscados por essa filosofia, e em Confúcio está o maior exemplo dessas virtudes.
Deusa Mãe - Precedido por cerimônias de cultos aos mortos (300 mil a.C.), data de 30 mil anos a.C. o primeiro registro humano de um sentimento de culto e de religião a uma divindade feminina;[1] segundo alguns autores, o vínculo com a Terra, a Natureza, a fertilidade e os ciclos teria formado o primeiro sentimento humano de divindade e o mito do útero de uma Deusa mãe ou Mãe Cósmica.
Inicialmente cultuada na Índia, como Kali, a Mãe Informe, recebeu depois o nome de Tiamat (Babilônia), Temut (Egito), Nu Kua (China), Têmis (Grécia pré-helênica) e Tehom (Síria e Canaã) ou Abismo (Bíblia). Esta concepção teve origem na experiência do nascimento humano, que consistia na única origem possível das coisas: a visão de um útero cheio de sangue era capaz de criar magicamente a prole. A partir do sangue divino do útero e através de um movimento, dança ou ritmo cardíaco, que agitava este sangue, surgia os "frutos", a própria maternidade. Muitas tradições referiram o princípio do coração materno que detém todo o poder da criação. Este coração materno, "uma energia capaz de coagular o caos espumoso" organizou, separou e definou os elementos que compõem e produzem o cosmos; a esta energia organizadora os gregos deram o nome de Diakosmos, a Determinação da Deusa. Os egípcios, nos hieróglifos, chamaram este coração de ab e os hebreus foram os primeiros a chamar de pai. O coração e o sangue definiriam um elo imanente a todos os seres que dele nasciam e a idéia de coração oculto do universo que pulsa e mantém o ritmo de ciclos das estações, dos nascimentos, mortes, destinos. Este é o significado que está no Livro dos Mortos ou das mutações. No mesmo sentido o livro chinês I Ching é denominado Livro das Mutações.[7]
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23.6.1.4 - OUTROS CONCEITOS Além da visão teística (politeísmo ou monoteísmo), a divindade pode ainda ser visualizada sob a ótica dos seguintes conceitos filosófico-religiosos:
· Ateísmo – Contrapondo-se à visão do teísmo, o ateísmo afirma a existência somente deste mundo não existindo outros deuses a não ser o próprio homem. Para alguns ateus, o conceito Deus deixou como sequela para a humanidade uma inumerável quantidade de tradições e costumes, mantidas em seu nome, que conduziram o ser humano a um segundo plano, fato este que fez girar a roda da história contra ele mesmo, subjugando-o à vontade deste conceito intangível, e limitando sua vida e sua criatividade por gerações e gerações.
· Agnosticismo – Dentro da visão agnóstica, não é possível provar racionalmente a existência de Deus, como também é igualmente impossível provar a sua inexistência. O politeísmo e o monoteísmo enquadram-se dentro de uma visão gnóstica de deus, isto é, Deus ou os deuses são seres cujos atributos estão perfeitamente definidos ou revelados em seus livros sagrados. Para um agnóstico, no entanto, Deus pode até existir, porém suas características são incompreensíveis para a razão humana.
· Panteísmo – A visão panteísta sustenta que o Universo inteiro é o próprio Deus. Assim: "Deus é o Universo, e o Universo é Deus". No panteísmo dá-se ênfase às divindades imanentes, enquanto que no Panenteísmo (visão em que o Universo está inteiramente contido em Deus, porém Este é alguma coisa maior que o Universo) dá-se ênfase às características transcendentais de Deus.
· Animismo – Crença na qual se atribui a todos os elementos do cosmos (Sol, Lua, estrelas), a todos os elementos da natureza (rio, oceano, montanha, floresta, rocha), a todos os seres vivos (animais, árvores, plantas) e a todos os fenômenos naturais (chuva, vento, dia, noite) um princípio vital e pessoal, isto é, uma Alma. Consequentemente, todos esses elementos são passíveis de possuirem: sentimentos, emoções, vontades ou desejos, e até mesmo inteligência. Resumidamente, os cultos animistas alegam que: "Todas as coisas são Vivas", "Todas as coisas são Conscientes", ou "Todas as coisas têm uma Alma". Atualmente, discute-se quais foram historicamente os primeiros cultos que deram origem a todas as religiões e a todos os deuses. Alguns historiadores e cientistas defendem a tese de que foram os mitos politeístas, enquanto outros afirmam que foram os cultos animistas. Referências
Fontes:
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Ao longo da história da humanidade a ideia ou compreensão de Deus assumiu várias concepções em todas sociedades e grupos já existentes, desde as primitivas formas pré-clássicas das crenças provenientes das tribos da Antiguidade até os dogmas das modernas religiões da civilização atual. Deus muitas vezes é expressado como o criador e Senhor do universo. Teólogos tem relacionado uma variedade de atributos para concepções de Deus muito diferentes. Os mais comuns entre essas incluem onisciência, onipotência, onipresença, benevolência (bondade perfeita), simplicidade divina, zelo, sobrenatural, eternidade e de existência necessária.
Deus também tem sido compreendido como sendo incorpóreo, um ser com
personalidade divina, a fonte de toda a obrigação moral, e o "maior
existente".[1]
Etmologia
Tanto a forma capitalizada do termo Deus, quanto seu diminutivo, que vem a simbolizar divindades, deidades em geral, tem origem no termo latino para Deus, divindade ou deidade. Português é a única língua românica neolatina que manteve o termo em sua forma nominativa original com o final do substantivo em "us", diferentemente do espanhol dios, francês dieu, italiano dio e do romeno, língua que distingue Dumnezeu, criador monoteísta e zeu ser idolatrado. O latim Deus e divus, assim como o grego διϝος= "divino" desecentem de Proto-Indo-Europeu*deiwos = "divino", mesma raiz que Dyēus, a divindade principal do panteão indo-europeu, igualmente cognato do grego Ζευς (Zeus).
Na era clássica do latim o vocábulo era uma referência generalizante a qualquer figura endeusada e adorada pelos pagãos e atualmente no mundo cristão é usada hodiernamente em frases e slogans religiosos, como por exemplo, Deus sit vobiscum, variação de Dominus sit vobiscum, "o Senhor esteja convosco",o hino litúrgico católico Te Deum, proveniente de Te Deum Laudamus, "A Vós, ó Deus, louvamos"e a expressão que advém da tragédia grega Deus ex machina. Virgílio com Dabit deus his quoque finem, "Deus trará um fim à isto". O grito de guerra utilizado no Império Romano Tardio e no Império Bizantino, nobiscum deus, "Deus está conosco", assim como o grito das cruzadas Deus vult, "assim quer Deus", "esta é a vontade de Deus".
Dei é uma forma flexionada ou declinada de Deus, usada em expressões utilizadas pelo Vaticano, como as organizações católicas apostólicas romanas Opus Dei (Obra de Deus, sendo obra oriunda de opera), Agnus Dei (Cordeiro de Deus) e Dei Gratia (Pela Graça de Deus). Geralmente trata-se do caso genitivo ("de Deus"), mas é também a forma plural primária adicionada à variante di. Existe o outro plural, dii, e a forma feminina deae ("deusas").
A palavra Deus, através da forma declinada Dei, é a raiz de deísmo, panteísmo, panenteísmo, e politeísmo, ironicamente tratam-se todas de teorias na qual qualquer figura divina é ausente na intervenção da vida humana. Essa circunstância curiosa originou-se do uso de "deísmo" nos séculos XVII e XVIII como forma contrastante do prevalecente "teísmo".Deísmo é a crença em um Deus providente e interferente.
Seguidores dessas teorias e ocasionalmente, seguidores do panteísmo, podem vir a usar em variadas línguas, especialmente no inglês o termo "Deus" ou a expressão "o Deus" (the God), para deixar claro de que a entidade discutida não trata-se de um Deus teísta. Arthur C. Clarke usou-o em seu romance futurista, 3001: The Final Odyssey. Nele, o termo "Deus" substituiu "God" no longínquo século XXXI, pois "God" veio a ser associado com fanatismo religioso. A visão religiosa que prevalece em seu mundo fictício é o Deísmo. São Jerônimo traduziu a palavra hebraica Elohim (אֱלוֹהִים, אלהים) para o latim como Deus.
A palavra pode assumir conotações negativas em algumas utilizações. Na filosofia cartesiana, a expressão Deus deceptor é usada para discutir a possibilidade de um "Deus malévolo" que procura iludir-nos. Esse personagem tem relação com um argumento cético que questiona até onde um demônio ou espírito mau teria êxito na tentativa de impedir ou subverter o nosso conhecimento.
Um conceito similar é deus absconditus ("Deus absconso ou escondido") de São Tomás de Aquino.
Ambas referem-se a uma divindade cuja existência não é prontamente reconhecida nem através de contemplação ou exame ocular de ações divinas in loco. O conceito de deus otiosus frequentemente sugere um Deus que extenuou-se da ingerência que tinha neste mundo e que foi substituído por deuses mais jovens e ativos que efetivamente se envolvem, enquanto deus absconditus sugere um Deus que conscientemente abandonou este mundo para ocultar-se alhures.
A forma mais antiga de escrita da palavra germânica Deus vem do Codex Argenteus cristão do século VI. A própria palavra inglesa é derivada da Proto-Germânica "ǥuđan". A maioria dos lingüistas concordam que a forma reconstruída da Proto-Indo-Européia (ǵhu-tó-m) foi baseada na raiz (ǵhau(ə)-), que significa também "chamar" ou "invocar".[4]
A forma capitalizada Deus foi primeiramente usada na tradução gótica Wulfila do Novo Testamento, para representar o grego "Theos". Na língua inglesa, a capitalização continua a representar uma distinção entre um "Deus" monoteísta e "deuses" no politeísmo.[5] Apesar das diferenças significativas entre religiões como o Cristianismo, Islamismo, Hinduísmo, a Fé Bahá'í e o Judaísmo, o termo "Deus" permanece como uma tradução inglesa comum a todas. O nome pode significar deidades monoteísticas relacionadas ou similares, como no monoteísmo primitivo de Akhenaton e Zoroastrismo.
Nome A palavra Deus no latim, em inglês God e suas traduções em outras línguas como o grego Θεός, eslavo Bog, sânscrito Ishvara, ou arábico Alá são normalmente usadas para toda e qualquer concepção. O mesmo acontece no hebraico El, mas no judaísmo, Deus também é utilizado como nome próprio, o Tetragrama YHVH, que acredita-se referir-se à origem henoteística da religião. Na Bíblia, quando a palavra "Senhor" está em todas as capitais, isto significa que a palavra representa o tetragrama.[6]
Deus também pode receber um nome próprio em correntes monoteísticas do hinduísmo que enfatizam sua natureza pessoal, com referências primitivas ao seu nome como Krishna-Vasudeva na Bhagavata ou posteriormente Vixnu e Hari,[7] ou recentemente Shakti.
É difícil desenhar uma linha entre os nomes próprios e epítetas de Deus, como os nomes e títulos de Jesus no Novo Testamento, os nomes de Deus no Qur'an ou Alcorão ou Corão, e as várias listas de milhares de nomes de Deus e a lista de títulos e nomes de Krishna no Vixnuísmo. Nas religiões monoteístas atuais (Cristianismo, judaísmo, zoroastrismo, islamismo, sikhismo e a Fé Bahá'í), o termo "Deus" refere-se à ideia de um ser supremo, infinito, perfeito, criador do universo, que seria a causa primária e o fim de todas as coisas. Os povos da mesopotâmia o chamavam pelo Nome, escrito em hebraico como יהוה (o Tetragrama YHVH). Mas com o tempo deixaram de pronunciar o seu nome diretamente, apenas se referindo por meio de associações e abreviações, ou através de adjetivos como "O Salvador", "O Criador" ou "O Supremo", e assim por diante.
Um bom exemplo desse tipo de associação, ainda estão presentes em alguns nomes e expressões hebraicos, como Rafael ("curado por Deus" - El), e árabes, por exemplo Abdallah ("servo - abd - de Deus" - Allah).
Muitas traduções das Bíblias cristãs grafam a palavra, opcionalmente, com a inicial em maiúscula, ou em versalete (DEUS), substituindo a transcrição referente ao tetragrama, YHVH, conjuntamente com o uso de SENHOR em versalete, para referenciar que se tratava do impronunciável nome de Deus, que na cultura judaica era substituído pela pronúncia Adonay.
As principais características deste Deus-Supremo seriam: · a Onipotência: poder absoluto sobre todas as coisas; · a Onipresença: poder de estar presente em todo lugar; e: · a Onisciência: poder de saber tudo.
Essas características foram reveladas aos homens através de textos contidos nos Livros Sagrados, quais sejam: · o Bagavadguitá, dos hinduístas; · o Tipitaka, dos budistas; · o Tanakh, dos judeus; · o Avesta, dos zoroastrianos; · a Bíblia, dos cristãos; · o Livro de Mórmon, dos santos dos últimos dias; · o Alcorão, dos islâmicos; · o Guru Granth Sahib dos sikhs; · o Kitáb-i-Aqdas, dos bahá'ís;
Esses livros relatam histórias e fatos envolvendo personagens escolhidos para testemunhar e transmitir a vontade divina na Terra ao povo de seu tempo, tais como: · Abraão e Moisés, na fé judaica, cristã e islâmica; · Zoroastro, na fé zoroastriana; · Krishna, na fé hindu; · Buda, na fé budista; · Jesus Cristo, na fé cristã e islâmica; · Maomé, na fé islâmica; · Guru Nanak, no sikhismo, e; · Báb e Bahá'u'lláh, na fé Bahá'í
Concepções de Deus
Detalhe da Capela sistina fresco Criação do sol e da lua por Michelangelo (completada em 1512). As concepções de Deus variam amplamente. Filósofos e teólogos têm estudado inúmeras concepções de Deus desde o início das civilizações. As concepções abraâmicas de Deus incluem a visão cristã da trindade, a definição cabalística de Deus do misticismo judaico, e os conceitos islâmicos de Deus.
· Doutrina espírita – Considera Deus a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas, eterno, imutável, imaterial, único, onipotente e soberanamente justo e bom. Todas as leis da natureza são leis divinas, pois Deus é seu autor.
· Martinismo – Nesta doutrina, podemos encontrar no livro Corpus Hermeticum a seguinte citação: "vejo o Todo, vejo-me na mente… No céu eu estou, na terra, nas águas, no ar; estou nos animais, nas plantas. Estou no útero, antes do útero, após o útero -estou em todos os lugares."
· Teosofia, baseada numa interpretação não-ortodoxa das doutrinas místicas orientais e ocidentais, afirma que o Universo é, em sua essência, espiritual e o homem é um ser espiritual em progresso evolutivo cujo ápice é conhecer e integrar a Realidade Fundamental, que é Deus.
· Algumas pessoas especulam que Deus ou os deuses são seres extra-terrestres. Muitas dessas teorias sustentam que seres inteligentes provenientes de outros planetas visitaram a Terra no passado e influenciaram no desenvolvimento das religiões. Alguns livros, como o livro "Eram os Deuses Astronautas?" de Erich von Däniken, propõem que tanto os profetas como também os messias foram enviados ao nosso mundo com o objetivo exclusivo de ensinar conceitos morais e encorajar o desenvolvimento da civilização.
· Especula-se também que toda a religiosidade do homem criará no futuro uma entidade chamada Deus, a qual emergirá de uma inteligência artificial. Arthur Charles Clarke, um escritor de ficção científica, disse em uma entrevista que: "Pode ser que nosso destino nesse planeta não seja adorar a Deus, mas sim criá-Lo".
· Outros especulam que as religiões e mitos são derivados do medo. Medo da morte, medo das doenças, medo das calamidades, medo dos predadores, medo do desconhecido. Com o passar do tempo, essas religiões foram subjugadas sob a tutela das autoridades dominantes, as quais se transformaram em governantes divinos ou enviados pelos deuses.
Dessa forma, a religião é simplesmente um meio para se dominar a massa. Napoleão Bonaparte disse que: "o povo não precisa de Deus, mas precisa de religião", o que quer dizer que a massa necessita de uma doutrina que lhe discipline e lhe estabeleça um rumo, sendo que Deus é um detalhe meramente secundário.
Abordagens teológicas
Teólogos e filósofos atribuíram um número de atributos para Deus, incluindo onisciência, onipotência, onipresença, amor perfeito, simplicidade, e eternidade e de existência necessária. Deus tem sido descrito como incorpóreo, um ser com personalidade, a fonte de todos as obrigações morais, e concebido como o melhor ser existente.[1] Estes atributos foram todos atribuídos em diferentes graus por acadêmicos judeus, cristãos e muçulmanos desde épocas anteriores, incluindo Santo Agostinho,[2] Al-Ghazali[3] e Maimonides.[2]
Muitos argumentos desenvolvidos por filósofos medievais para a existência de Deus,[3] tentaram compreender as implicações precisas dos atributos de Deus. Conciliar alguns desses atributos gerou problemas filosóficos e debates importantes. Por exemplo, a onisciência de Deus implica que Deus sabe como agentes livres irão escolher para agir. Se Deus sabe isso, a aparente vontade deles pode ser ilusória, ou o conhecimento não implica predestinação, e se Deus não sabe, então não é onisciente.[10]
Os últimos séculos de filosofia tem-se visto vigorosas perguntas sobre a argumentos para a existência de Deus levantadas pelos filósofos, tais como Immanuel Kant, David Hume e Antony Flew, apesar de Kant considerar que o argumento de moralidade era válido.
A resposta teísta tem sido de questionamentos, como Alvin Plantinga, que a fé é "adequadamente básica", ou a tomar, como Richard Swinburne, a posição evidencialista.[11] Alguns teístas concordam que nenhum dos argumentos para a existência de Deus são vinculativos, mas alegam que a fé não é um produto da razão, mas exige risco. Não haveria risco, dizem, se os argumentos para a existência de Deus fossem tão sólidos quanto as leis da lógica, uma posição assumida por Pascal como: "O coração tem razões que a razão não conhece."[12]
A maior parte das grandes religiões consideram a Deus, não como uma metáfora, mas um ser que influencia a existência de cada um no dia-a-dia. Muitos fiéis acreditam na existência de outros seres espirituais, e dão-lhes nomes como anjos, santos, djinni, demônios, e devas. Teísmo e deísmoO teísmo sustenta que Deus existe realmente, objetivamente, e independentemente do pensamento humano, sustenta que Deus criou tudo; que é onipotente e eterno, e é pessoal, interessado, e responde às orações. Afirma que Deus é tanto imanente e transcendente, portanto, Deus é infinito e de alguma forma, presente em todos os acontecimentos do mundo.
A teologia católica sustenta que Deus é infinitamente simples, e não está sujeito involuntariamente ao tempo. A maioria dos teístas asseguram que Deus é onipotente, onisciente e benevolente, embora esta crença levante questões acerca da responsabilidade de Deus para o mal e sofrimento no mundo. Alguns teístas atribuem a Deus uma auto-consciência ou uma proposital limitação da onipotência, onisciência, ou benevolência. O Teísmo aberto, pelo contrário, afirma que, devido à natureza do tempo, a onisciência de Deus não significa que a divindade pode prever o futuro. O "Teísmo" é por vezes utilizado para se referir, em geral, para qualquer crença em um Deus ou deuses, ou seja, politeísmo ou monoteísmo.[13][14]
O Deísmo afirma que Deus é totalmente transcendente: Deus existe, mas não intervém no mundo para além do que era necessário para criá-lo. Em vista desta situação, Deus não é antropomórfico, e não responde literalmente às orações ou faz milagres acontecerem. É comum no deísmo a crença de que Deus não tem qualquer interesse na humanidade e pode nem sequer ter conhecimento dela.
Posições científicas e críticas a respeito da ideia de DeusStephen Jay Gould propôs uma abordagem dividindo o mundo da filosofia no que ele chamou de "magistérios não sobrepostos".
Nessa visão, as questões do sobrenatural, tais como as relacionadas com a existência e a natureza de Deus, são não-empíricas e estão no domínio próprio da teologia. Os métodos da ciência devem ser utilizadas para responder a qualquer questão empírica sobre o mundo natural, e a teologia deve ser usada para responder perguntas sobre o propósito e o valor moral.
Nessa visão, a percepção de falta de qualquer passo empírico do magistério do sobrenatural para eventos naturais faz da ciência o único ator no mundo natural.[15]
Outro ponto de vista, exposto por Richard Dawkins, é que a existência de Deus é uma questão empírica, com o fundamento de que "um universo com um deus seria um tipo completamente diferente de um universo sem deus, e poderia ser uma diferença científica ".[16] Carl Sagan argumentou que a doutrina de um Criador do Universo era difícil de provar ou rejeitar e que a única descoberta científica concebível que poderia trazer desafio seria um universo infinitamente antigo.[17] AntropomorfismoPascal Boyer argumenta que, embora exista uma grande variedade de conceitos sobrenaturais encontrados ao redor do mundo, em geral seres sobrenaturais tendem a se comportar tanto como as pessoas.
A construção de deuses e espíritos como as pessoas é um dos melhores traços conhecidos da religião. Ele cita exemplos de mitologia grega, que é, na sua opinião, mais como uma novela moderna do que outros sistemas religiosos.[18]
Bertrand du Castel e Timothy Jurgensen demonstram através de formalização que o modelo explicativo de Boyer corresponde ao que a epistemologia física faz ao trabalhar com entidades não diretamente observáveis como intermediários.[19] O antropólogo Stewart Guthrie afirma que as pessoas projetam características humanas para os aspectos não-humanos do mundo, porque isso torna esses aspectos mais familiares. Sigmund Freud também sugeriu que os conceitos de Deus são projeções de um pai.[20]
Da mesma forma, Émile Durkheim foi um dos primeiros a sugerir que os deuses representam uma extensão da vida social humana para incluir os seres sobrenaturais. Em linha com esse raciocínio, o psicólogo Matt Rossano afirma que quando os humanos começaram a viver em grupos maiores, eles podem ter criado os deuses como um meio de garantir a moralidade. Em pequenos grupos, a moralidade pode ser executada por forças sociais, como a fofoca ou a reputação. No entanto, é muito mais difícil impor a moral usando as forças sociais em grupos muito maiores. Ele indica que, ao incluir sempre deuses e espíritos atentos, os humanos descobriram uma estratégia eficaz para a contenção do egoísmo e a construção de grupos mais cooperativos.[21]
O anarquista Mikhail Bakunin critica a idéia de Deus como sendo uma idéia criada pelas elites (reis, senhores de escravos, senhores feudais, sacerdotes, capitalistas) que busca justificar a sociedade autoritária projetando ideologicamente as relações de dominação para o universo como um todo (Deus como senhor ou rei e o universo como escravo ou súdito). A idéia de Deus serviria como um instrumento de dominação cuja função seria fazer os dominados aceitarem sua exploração como se fosse um fato natural, cósmico e eterno, ou seja, um fato do qual não podem fugir, restando-lhes apenas a opção de resignarem-se.[22] Referências1. a b Swinburne, R.G. "God" in Honderich, Ted. (ed)The Oxford Companion to Philosophy, Oxford University Press, 1995. 2. a b c d Edwards, Paul. "Deus e os filósofos" em Honderich, Ted. (ed)The Oxford Companion to Philosophy, Oxford University Press, 1995. 3. a b c d Plantinga, Alvin. "Deus, Argumentos para a sua Existência," Enciclopédia Routledge de Filosofia, Routledge, 2000. 4. A etimologia ulterior é disputada. À parte a hipótese improvável de adoção de uma língua estrangeira, o OTeut. "ghuba" implica como seu tipo pretérito também "*ghodho-m" ou "*ghodto-m". O anterior não parece admitir explicação; mas o posterior representaria o neutro "pple" da raiz "gheu-". Existem duas raízes arianas da forma requerida ("*g,heu-" with palatal aspirate) uma significando 'invocar' (Skr. "hu") a outra "a derramar, para oferecer sacrifícios" (Skr "hu", Gr. χεηi;ν, OE "geotàn" Yete v). OED Compact Edition, G, p. 267 5. Michaelis Deus - sm (lat Deus) (em português). "1 O Ser supremo; o espírito infinito e eterno, criador e preservador do Universo. 2 Teol Ente tríplice e uno, infinitamente perfeito, livre e inteligente, criador e regulador do Universo. 3 Cada uma das pessoas da Santíssima Trindade. 4 Indivíduo ou personagem que, por qualidades extraordinárias, se impõe à adoração ou ao amor dos homens. 5 Objeto de um culto, ou de um desejo ardente que se antepõe a todos os outros desejos ou afetos. 6 Cada uma das divindades masculinas do politeísmo. Pl: deuses. Fem: Deusa. Deus-dará: na locução adverbial ao deus-dará: à toa, descuidadamente, a esmo, ao acaso. Nem à mão de Deus Padre: por forma nenhuma, apesar de todas as contradições." 6. Barton, G. A.. A Sketch of Semitic Origins: Social and Religious. [S.l.]: Kessinger Publishing, 2006. 7. Hastings 2003, p. 540. 8. R. Cudworth, 1678. 9. DOES GOD MATTER? A Social-Science Critique. by Paul Froese and Christopher Bader. Página visitada em 2007-05-28. 10. Wierenga, Edward R. "Divino conhecimento", em Audi, Robert. The Cambridge Companion to Philosofy. Cambridge University Press, 2001. 11. Beaty, Michael (1991). "God Among the Philosophers". The Christian Century. 12. Pascal, Blaise. Pensées, 1669. 13. Philosophy of Religion.info - Glossary - Theism, Atheism, and Agonisticism. Philosophy of Religion.info. Página visitada em 16 de julho de 2008. 14. Theism - definiton of thesim by the Free Online Dictionary, Thesaurus and Encyclopedia. TheFreeDictionary. Página visitada em 16 de julho de 2008. 15. Dawkins, Richard. The God Delusion. Great Britain: Bantam Press, 2006. 16. Dawkins, Richard. Why There Almost Certainly Is No God. The Huffington Post. Página visitada em 2007-01-10. 17. Sagan, Carl. The Demon Haunted World p.278. New York: Ballantine Books, 1996. 18. Boyer, Pascal. Religion Explained,. New York: Basic Books, 2001. 142–243 p. 19. du Castel, Bertrand. Computer Theology,. Austin, Texas: Midori Press, 2008. 221–222 p. 20. Barrett, Justin (1996). "Conceptualizing a Nonnatural Entity: Anthropomorphism in God Concepts" (PDF). 21. Rossano, Matt (2007). "Supernaturalizing Social Life: Religion and the Evolution of Human Cooperation" (PDF). 22. Mikhail Bakunin, Deus e o Estado (1882) [1] |
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As fés monoteístas acreditam que há e só pode haver um único ser supremo. No politeísmo acredita-se na coexistência de diversas deidades (ou divindades).
As concepções destes seres variam enormemente em cada cultura, mas a palavra Deus em português (e as traduções em línguas neolatinas) é referida para designar todos estes conceitos.
23.6.3.1 - Religiões abraâmicas Religião abraâmica, também referido como monoteísmo do deserto, é uma designação genérica para as religiões que derivam da tradição semítica que têm na figura do patriarca Abraão o seu marco referencial inicial. Stricto sensu as religiões consideradas abraâmicas são: Judaísmo, Cristianismo e Islamismo. Muitos nomes de Deus são comuns entre as três religiões, principalmente entre o Judaísmo e o Cristianismo, já que este é derivado daquele. 23.6.3.1.1 - JudaísmoNo judaísmo, refere-se ao Criador de diversas formas diferentes, que representam a concepção judaica sobre a divindade e o relacionamento Dele com o ser humano e com o povo judeu.
O tetragrama
O tetragrama em fenício (1100 a.C. até 300 d.C.), em aramaico (séc.10 a.C. até 0 ) e em hebraico moderno. Dentro do judaísmo, o nome mais importante do Criador é o que conhecemos como tetragrama, nome dado às quatro letras que formam o nome da divindade. Este nome é em hebraico יהוה (YHWH), que de acordo com a tradição judaica é a terceira pessoa do imperfeito no singular do verbo ser . Esta teoria é baseada no Êxodo capítulo terceiro, versículo décimo-quarto, constitui a base do monoteísmo judaico-cristão. Devido ao mandamento de não pronunciar o nome do criador em vão, desenvolveu-se entre os judeus um profundo sentimento de reverência para com esta palavra, de forma que a pronúncia correta tornou-se restrita, somente utilizado em ocasiões de extrema solenidade como no dia do Yom Kippur. Em outras ocasiões, pronunciava-se Adonai (meu Amo, meu Senhor) em lugar do nome do Criador. Com o tempo, esta pronúncia perdeu-se e qualquer tentativa de se estabelecer a pronúncia correta é sujeita a discussões diversas. A forma reduzida do termo Yah é utilizada como prefixo e sufixo de diversos nomes hebraicos como Yehoshua (Yah no início: Yah + Hoshea), Yermeyahu (Yah no final + u), entre outros.
Adonai A palavra Adonai vem do hebraico אֲדֹנָי, plural da palavra Adon (Senhor, Amo). Esta palavra era utilizada pelos fenícios para o deus pagão Tamuz e era o nome do deus grego Adônis. Os judeus utilizam esta palavra em relação a YHWH no lugar de pronunciar o tetragrama em orações e ocasiões solenes. Coloquialmente, utilizam a palavra HaShem (O Nome) para referir-se ao Criador. Quando os massoretas adicionaram a pontuação vocálica ao texto das escrituras, as vogais de Adonai foram adicionadas ao tetragrama para que se fosse lembrado que deveria ser lido Adonai no lugar do tetragrama. Esta vocalização criou a palavra Yahowah. Em português, Adonai é traduzido geralmente como Senhor.
Ehyeh-Asher-Ehyeh O nome Ehyeh (hebraico: אֶהְיֶה) vem da frase אהיה אשר אהיה "ehyeh-asher-ehyeh" (Êxodo 3:14), geralmente traduzida como Eu sou o que sou.
El A palavra El aparece em diversas línguas semíticas como o fenício, aramaico e o acadiano. No hebraico אל significa originalmente acima , elevado, alto, e é utilizado para deuses pagãos e para o Criador de Israel, geralmente sendo associado a atributos da divindade como em: El Elyon' ("O mais Elevado"), El Shaddai ("O Elevado Todo-Poderoso"), El Hai ("O Elevado Vivo"), El Ro'i ("O Elevado que Vê"), El Elohe Israel ("Elevado, o Elevado de Israel "), El Gibbor ("O Elevado Forte "). Também é utilizado como sufixo de nomes hebraicos como Gabriel, Daniel, Rafael e outros. Em português, El e Elohim são geralmente traduzidos como Deus.
Elohim Termo comum usado nas escrituras hebraicas, Elohim (em hebraico: אלהים) é o plural da palavra Eloah (אלוה), considerado pelos estudiosos judeus como plural majestático (pluralis majestatis) ou de excelência (pluralis excellentiæ), expressando grande dignidade, traduzindo-se por "Elevadíssimo" ou "Altíssimo".
HaShem HaShem (no hebraico: השם) significa O Nome, e é utilizado durante as ocasiões normais da vida cotidiana, enquanto Adonai é utilizado no contexto religioso [1]. Este termo não é bíblico, aparecendo a primera vez nos Rishonim (autoridades rabínicas medievais).
Yah O nome Yah é composto das primeiras duas letras de YHWH. Aparece frequentemente em nomes hebraicos, tais como o do Profeta Elias. A expressao Aleluia ou Hallelujah, também é derivado deste, bem como o termo Jah do movimento Rastafári.
YHWH Tzevaot O nome YHWH e o título Elohim frequentemente ocorrem com a palavra tzevaot ou sabaoth ("hordas" ou "exércitos", Hebreu: צבאות) como em YHWH Elohe Tzevaot ("YHWH Deus dos Exércitos"), Elohe Tzevaot ("Deus dos Exércitos"), Adonai YHWH Tzevaot ("Senhor YHWH dos Exércitos") e, mais frequentemente, YHWH Tzevaot ("YHWH dos Exércitos"). Veja por exemplo: I Samuel 4:4, I Reis 19:10 e Isaías 3:15. Este nome composto ocorre principalmente na literatura profética e não aparece nenhuma vez na Torah, Josué ou Juízes. O significado original de tzevaot pode ser encontrado no primeiro livro de Samuel (I Samuel 17:45), onde ele é interpretado como significando "o Deus dos exércitos de Israel". A palavra, neste caso específico é utilizada para denominar as hordas celestes, enquanto em outros casos sempre significa exércitos ou hordas de homens, como em vários casos no Êxodo (Êxodo 6:26, Êxodo 7:4 e Êxodo 12:41). A grafia latina Sabaoth combinado com as vinhas douradas sobre a porta do Templo de Herodes (construído pelo idumeu Herodes o Grande) levou a uma confusão de identidade com o deus Sabázio na antiga Roma.
Títulos dados ao Criador
O uso dos termos D-us, Ad-nai e El-him Devido ao terceiro mandamento (Não tomarás em vão o nome de YHWH), os judeus usam um apóstrofo nos nomes divinos mais sagrados, de forma a que o nome da divindade não venha a ser profanado por estar escrito em um objeto comum.
Kýrios, escrituras gregas Apesar dos Evangelhos serem escrituras cristãs, estes foram escritos por judeus no primeiro século depois de Cristo. Já no final do primeiro século, começaram a substituir o Tetragrama YHWH pela palavra em grego Kýrios, que tem um sentido idêntico a Adonai e também significa "Senhor". Por este motivo, o Tetragrama não é encontrado graficamente do texto do Novo Testamento em muitas versões da Bíblia hoje. <voltar ao ìndice> <página Principal>
23.6.3.1.2 - CristianismoJavé ou Jeová são vocalizações comuns do nome pessoal de Deus baseados no tetragrama hebraico. A maior parte das Bíblias cristãs modernas removeu este nome em quase todas as sete mil ocorrências contidas nas Escrituras Hebraicas, normalmente usando a palavra SENHOR ou uma alternativa semelhante. A remoção foi causada num determinado período, por uma tradição[1], criada por judeus copistas, que passaram a ter receio de que o nome sagrado fosse usado ou pronunciado de modo indevido ou sem o devido respeito pelas pessoas que tivessem acesso aos textos sagrados. TetragramaO Tetragrama Sagrado YHVH ou YHWH (mais usado), (יהוה, na grafia original, o hebraico), refere-se ao nome do Deus de Israel em forma escrita já transliterada e, pois, latinizada, como de uso corrente na maioria das culturas atuais. A forma da expressão ao declarar o nome de Deus YHVH ou JHVH (na forma latinizada) deixou de ser utilizada a milhares de anos, pois na pronuncia correta do hebraico original (que é declarada como uma língua quase que completamente extinta). As pessoas perderam ao longo das décadas a capacidade de se pronunciar de forma satisfatoria e correta, pois a língua precisaria se curvar (dobrar) de uma forma em que especialistas no assunto descreveriam hoje em dia como impossível. Originariamente, em aramaico e hebraico, era escrito e lido horizontalmente, da direita para esquerda יהוה; ou seja, HVHY. Formado por quatro consoantes hebraicas — Yud י Hêi ה Vav ו Hêi ה ou יהוה, o Tetragrama YHVH tem sido latinizado para JHVH já por muitos séculos. Algumas versões da Bíblia, transcrevem o Tetragrama como Jeová:
Muitos grupos religiosos, inclusive as Testemunhas de Jeová, continuam a aceitar a tradução do Tetragrama como Jeová, seu uso passou a ser amplamente divulgado e estabelecido entre muitos cristãos quando a pronúncia exata de (יהוה) ainda é desconhecida. 23.6.3.1.2.1 - Lista nomes de Deus (Judaico-Cristãos)
Aará - Meu
Pastor
Vários dos termos acima mencionados são títulos aplicados ao nome divino, como Shadday (Todo Poderoso), e outros termos. A palavra El em hebraico significa literalmente "forte", "poderoso", comumente traduzido pelo título "Deus". Predominantemente, nas referências feitas nas Escrituras Hebraicas(Velho Testamento) mencionando a identificação do nome de Deus (Ex.: Sal. 83:18; Amós 5:8; Isaías 42:8, etc.), é utilizado o tetragrama יהוה, comumente traduzido por Iavé, Javé, ou Jeová, todas formas aceitas do nome divino em português. <voltar ao ìndice> <página Principal>
23.6.3.1.3 - IslamismoAllah (Alá) é o nome mais frequente de Deus no islamismo. Originalmente a palavra significava apenas "o Deus" em língua árabe e era usada em épocas pré-islâmicas para se referir à divindade pagã adorada em Meca. Allah vem de uma junção de "al" e "illah", que significa "o deus - na sua forma masculina" e está paralelamente ligada à forma feminina "al" e "ilaha", formando o termo Allat, que significa "a deusa". Illah também significa divindade ou ainda deus. Allah pode ser ainda formada da junção "al" e "lah", "que significa o único deus" ou "a única divindade". Ver na página: http://en.wikipedia.org/wiki/Allah
Os Noventa e Nove Nomes de Alá, al-asmā' al-husnà ou os melhores nomes são expressões de louvor e reverência da tradição islâmica que indicam atributos do ser supremo. O conjunto dos 99 nomes de Deus recebe em árabe o nome de al-asmā' al-husnà ou "os melhores nomes". Algumas tradições afirmam que existe um centésimo nome, que é objeto de especulações místicas.
23.6.3.1.3.1 - Lista dos nomes
Os 99 nomes de Deus, de acordo com a tradição islâmica são:
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23.6.3.2 - Outras religiões, Doutrinas
Referências
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Indice - compilado por Beraldo Figueiredo |
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