
O tema Atlântida tem dado origem a diferentes interpretações, das
cépticas às mais fantasiosas. Segundo alguns autores mais céticos,
tratar-se-ia de uma metáfora referente a uma catástrofe global
(identificada, ou não, com o Dilúvio), que teria sido assimilada pelas
tradições orais de diversos povos e configurada segundo suas
particularidades culturais próprias. Consideram também que a narrativa
se insere numa dada mitologia que pretendia explicar as transformações
geográficas e geológicas devidas às transgressões marinhas.
20.5.2.1 - Teoria do antigo continente
Há ainda a versão, como a defendida pelo cientista brasileiro Arysio
Nunes dos Santos, segundo a qual Atlântida seria nada mais do que o nome
grego para uma civilização ancestral, que teria sido descrita com
diferentes nomes nas mais diversas culturas. Para Arysio, a Atlântida
supostamente real ficaria próxima à Indonésia e diversos povos do mundo,
como os gregos, hindus e tupis, seriam descendentes dos atlantes. Ainda,
segundo essa teoria, diversas descobertas científicas como a criação de
determinadas culturas agrícolas e do cavalo, seriam tributárias dos
atlantes; e a causa da submersão da cidade/continente e do dilúvio
teriam sido devidas a uma bomba atômica.
20.5.2.2 -
Teoria de Tântalis
Alguns pesquisadores acreditam que a Atlântida, nome derivado do deus
Atlas, é uma releitura grega da antiga cidade, também perdida, de
Tântalis, nome derivado do deus Tântalo. A lenda de Tântalo seria
essencialmente a mesma de Tântlis, sendo tântalo uma releitura lídia de
Atlas. A Atlântida então, segundo essa versão, nada mais seria que a
versão grega da antiga capital da Lídia, Tântalis, conhecida também como
Sipylus, que se localizava nas terras de Arzawa, situada na costa
ocidental da Anatólia. Segundo escritos antigos e autores
clássicos, a cidade antiga de Tântalis sucumbiu, devido a um grande
terremoto que despedaçou o monte Sipylus, afundando, após isso, nas
águas que brotaram de Yarikkaya, uma ravina profunda, transformando-se
no lago Saloe. Durante o século XX, o lago Saloe, último vestígio de
Tântalis, foi esvaziado sem cerimônia para abrir mais espaço para a
agricultura.

20.5.2.3 -
Teoria da Antártida
Na década de 1960, o porfessor Charles Hapgood, tentando entender como
ocorreram as eras glaciais, propôs a teoria de que o gelo que se acumula
nas calotas polares provocaria um peso suficiente para que o polo
terrestre se deslocasse sobre a superfície da Terra, carregando outro
continente para o polo e causando uma era glacial nesse lugar[5].
Segundo essa teoria, uma parte dos Estados Unidos já teria se tornado o
pólo norte e a Antártida já teria se localizado mais acima no Oceano
Atlântico, entre a Argentina e a África. Se valendo dessa teoria, o
polêmico jornalista britânico Graham Hancock propôs que o continente
perdido de Atlântida seria, nada mais, do que a Antártida antes do
último período glacial, quando estaria mais alta no Oceâno Atlântico, e
as cidades Atlântidas, por sua vez, estariam em baixo de grossa camada
de gelo, tornando impossível sua investigação arqueológica. Essa teoria
seria ainda confirmada por uma mapa, o mapa dos antigos reis dos mares,
feito por Piri Reis no século XVI, baseado em mapas antigos, que
mostra um estranho formato para a América do Sul, que seria não a
América do Sul, mas sim a Antártida na sua localização não polar. Essa
teoria é aceita por alguns, porém não pelos estudiosos atuais que
afirmam que o peso dos pólos não seria suficientemente grande para fazer
mover os continentes na superfície da Terra, e, ainda, descobriram que o
mapa de Piri Reis é realmente o mapa da América do Sul, porém, tendo
como referência a cidade do Cairo, o que deu um formato diferente ao
continente. Ainda, fotos de satélite tiradas a partir da cidade do
Cairo, comprovaram que o formato da América do Sul, vista do Cairo, é
como o mostrado no mapa. Outro problema encontrado com esse mapa é
que sem o gelo a Antártida teria um formato diferente do que o mostrado,
já que o nível da água subiria e deixaria aquele continente com várias
ilhas.

Atlantida 100.000 a.C a 50.000 a.C
Sobre
a Atlântida antes da primeira destruição (antes de 50.000 a.C.) pouco se
sabe. Diz-se haver sido colonizada pelos lemúrios que haviam
fugido do continente onde habitavam, também sujeito a cataclismos
imensos, quando então se estabeleceram correntes migratórias fugitivas
das destruições que ocorriam na Lemúria, algumas delas dirigiram-se para
o Sul Atlântida.
Estes primeiros Atlantes julgavam a si pelo caráter e não pelo
que tinham e viviam em harmonia com a natureza. Pode-se dizer que 50% de
suas vidas era voltada ao espiritual e os outros 50% para o lado
prático, vida material. Possuíam grandes poderes mentais o que lhes
conferia domínio da mente sobre o corpo. Eles faziam coisas
impressionantes com os seus corpos. Assim viveram por muito tempo até
que, em decorrência da proximidade do sul da Atlântida com o Continente
Africano, várias tribos agressivas africanas dirigiram-se para a
Atlântida forçando os Lemúrios estabelecidos na Atlântida a se
deslocarem cada vez mais para o norte do continente atlante. Com
o transcorrer do tempo os genes dos dois grupos foram se misturando.
Em 52.000 a.C. os Atlantes começaram a sofrer com ataques de
animais ferozes, o que os fizeram aumentar seus conhecimentos em armas,
motivando um avanço tecnológico na Atlântida. Novos métodos de
agricultura foram implementados, a educação expandiu, e conseqüentemente
bens materiais começaram a assumir um grande valor na vida das pessoas,
que começaram a ficar cada vez mais materialistas e conseqüentemente os
valores psíquicos e espirituais foram decaindo. Uma das conseqüências
foi que a maioria dos atlantes foi perdendo a capacidade de
clarividência e suas habilidades intuitivas por falta de treinamento e
uso, a ponto de começarem a desacreditar na mencionadas habilidades.

Edgar Cayce afirma que dois grupos diversos tiveram grande poder nessa
época, um deles chamados de "Os Filhos de Belial". Estes trabalhavam
pelo prazer, tinham grandes posses, mas eram espiritualmente imorais. Um
outro grupo chamado de "As Crianças da Lei Um", era constituído por
pessoas que invocavam o amor e praticavam a reza e a meditação juntas,
esperando promover o conhecimento divino. Eles se chamavam "As Crianças
da Lei Um" porque acreditavam em Uma Religião, Um Estado, Uma Casa e Um
Deus, ou melhor, que Tudo é Um.
Logo após essa divisão
da civilização atlante, foi que ocorreu a primeira destruição da
Atlântida, ocasião em que grande número de imensos vulcões entraram em
erupção. Então uma parte do povo foi para a África onde o clima era
muito favorável e possuíam muitos animais que podiam servir como fonte
de alimentação. Ali os descendentes dos atlantes viveram bem e se
tornaram caçadores. A outra parte direcionou-se para a América do Sul
onde se estabeleceu na região onde hoje é a Bacia Amazônica.
Biologicamente os atlantes do grupo que foi para a América do Sul
começaram a se degenerar por só se alimentarem de carne pensando que com
isso iriam obter a força do animal, quando na verdade o que aconteceu
foi uma progressiva perda das habilidades psíquicas. Assim viveram os
descendentes atlantes até que encontraram um povo chamado Ohlm,
remanescentes dos descendentes da Lemúria, que os acolheram e
ensinaram-lhes novas técnicas de mineração e agricultura.
As duas partes que fugiram da Atlântida floresceram muito mais do que
aquela que permanecera no continente, pois em decorrência da tremenda
destruição os remanescentes praticamente passaram a viver como animais
vivendo nas montanhas durante 4.000 anos, após o que começaram a
estabelecer uma nova civilização.
Atlântida 28.000 a.C a 12.500 a.C
Na
verdade os atlantes detiveram grandes poderes, mas como o
poder denigre o caráter daquele que não está devidamente preparado para
possuí-lo, então a civilização começou a ruir. Eles começaram a separar
o desenvolvimento espiritual do desenvolvimento científico. Sabedores da
manipulação dos gens eles desenvolveram a engenharia genética
especialmente visando criar raças puras. Isto ainda hoje se faz sentir
em muitos povos através de sistemas de castas, de raça eleita ou de raça
ariana pura.

Em busca do aperfeiçoamento racial, como é
da natureza humana o querer sempre mais os cientistas atlantes tentaram
desenvolver certos sentidos humanos mediante gens de espécies animais
detentoras de determinadas capacidades. Tentaram que a raça tivesse a
acuidade visual da águia, e assim combinaram gens deste animal com gens
humano; aprimorar o olfato através de gens de lobos, e assim por diante.
Mas na verdade o que aconteceu foi o pior, aqueles experimentos não
deram certo e ao invés de aperfeiçoarem seus sentidos acabaram criando
bestas-feras, onde algumas são encontradas na mitologia grega e em
outras mitologias e lendas. Ainda no campo da engenharia genética
criaram algumas doenças que ainda hoje assolam a humanidade.
A moral começou a ruir rapidamente e o materialismo começou a crescer.
Começaram a guerrear. Entre estas foi citada uma que houve com a Grécia,
da qual esta foi vitoriosa. Enganam-se os que pensam que a Grécia vem de
2 000 a.C. Ela é muito mais velha do que o Egito e isto foi afirmado a
Sólon pelo sacerdote de Sais. Muitos atlantes partiram para onde hoje é
a Grécia e com o uso a tecnologia que detinham se fizeram passar por
deuses dando origem assim a mitologia grega, ou seja, constituindo-se
nos deuses do Olimpio.
Por último os atlantes começaram a fazer experimentos com displicência
de forma totalmente irresponsável com cristais e como
conseqüência acabaram canalizando uma força cósmica, que denominaram de
"Vril", sob as quais não tiveram condições de controla-la,
resultando disso a destruição final da Atlântida, que submergiu
em uma noite. Para acreditar que um continente tenha submergido
em uma noite não é muito fácil, mas temos que ver que a tecnologia deles
eram muito mais avançadas do que a nossa, e que o poder do cristal é
muito maior do que imaginamos, pois se formos vê os cristais estão em
tudo com o avanço tecnológico, um computador é formado basicamente de
cristais e o laser é feito a parti de cristais. Mas antes da catástrofe
final os Sábios e Sacerdotes atlantes, juntamente com muitos seguidores,
cientes do que adviria daquela ciência desenfreada e conseqüentemente
que os dias daquela civilização estavam contados, partiram de lá, foram
para vários pontos do mundo, mas principalmente para três regiões
distintas: O nordeste da África onde deram origem a civilização egípcia;
para América Central, onde deram origem a Civilização Maia; e para o
noroeste da Europa, onde bem mais tarde na Bretanha deram origem à
Civilização Celta.

20.5.2.4 -
Teoria extraterrestre:
Uma das mais polêmicas teorias sobre a Atlântida foi proposta
recentemente pelo pesquisador Prof. Ezra Floid.
Partindo do desenho de cidade circular descrito por Platão, Floid propõe
que Atlântida se tratava de uma gigantesca nave espacial, um
disco-voador movido à hidrogênio, hidromagnetismo, com uma usina central
de Hidro-Forças, chamada de Templo de Poseidon: um imenso OVNI descrito
por muitas culturas como "A ilha voadora" (citada em Viagens de Gulliver),
relacionada com a Jerusalém Celestial descrita na Bíblia, à Purana Hindu
que desce do Céu, o Disco Solar dos Astecas, Maias, Incas e egípcios.
Sendo Atlântida uma missão colonizadora, ela teria estado em muitos
pontos da Terra, pois se locomovia e se instalava em regiões; este teria
sido o motivo pelo qual sua presença ora é imaginada no Mediterrâneo,
ora na Indonésia, ora no Atlântico, nos pólos e nos Andes: Atlântida
seria a mesma nave descrita na epopéia dos Sumérios. Segundo esta teoria
inovadora do professor Ezra Floid, Atlântida não teria submergido
catastroficamente, mas intencionalmente, como parte do projeto
colonizador que seu povo realizava no planeta. Após permanecer algum
tempo no fundo do mar como cidade submarina, o disco-voador atlante
teria usado também a hidroenergia de emersão para lançar-se diretamente
no espaço sideral, provocando com sua massa e seu arranque poderoso uma
enorme onda circular de tsunami no oceano onde estaria oculta. Os
sobreviventes deste tsunami, após a tragédia, teriam julgado que
Atlântida havia afundado. No entanto, os atlantes apenas teriam voltado
para seu Sistema natal.
Hipóteses sobre as localizações geográficas.
Há diversas correntes de teóricos sobre onde se situaria Atlântida, e
sobre quem teria sido seus habitantes. A lenda que postula Atlântida,
Lemúria e Mu como continentes perdidos, ocupados por diferentes raças
humanas, ainda encontra bastante aceitação popular, sobretudo no meio
esotérico. (Não confundir com os antigos continentes que, de acordo com
a teoria da tectónica de placas existiram durante a história da Terra,
como a Pangéia e o Sahul).
Alguns teóricos sugerem que Atlântida seria uma ilha sobre a Dorsal
oceânica, que - no caso de não ser hoje parte dos Açores, Madeira,
Canárias ou Cabo Verde - teria sido destruída por movimentos bruscos da
crosta terrestre naquele local. Essa teoria baseia-se em supostas
coincidências, como a construção de templos em forma de pirâmide na
América, semelhantes às pirâmides do Egito, fato que poderia ser
explicado com a existência de um povo no meio do oceano que separa estas
civilizações, suficientemente avançado tecnologicamente para navegar à
África e à América para dividir seus conhecimentos. Esta posição
geográfica explicaria a ausência concreta de vestígios arqueológicos
sobre este povo.
Alguns estudiosos dos escritos de Platão acreditam que o continente de
Atlântida seria na realidade a própria América, e seu povo culturalmente
avançado e cobertos de riquezas seria ou o povo Chavín, da Cordilheira
dos Andes, ou os olmecas da América Central, cujo uso de ouro e pedras
preciosas é confirmado pelos registros arqueológicos. Terremotos, comuns
nestas regiões, poderiam ter dado fim a estas culturas, ou pelo menos
poderiam tê-las abalado de forma violenta por um período de tempo.
Através de diversos estudos, alguns estudiosos chegaram a conclusão que
Tiwanaku, localizada no altiplano boliviano, seria a antiga Atlântida.
Essa civilização teria existido de 17.000 a.C. a 12.000 a.C., em uma
época que a região era navegável. Foram encontrados portos de
embarcações em Tiwanaku, faltando escavar 97,5% do local.
Para alguns arqueólogos e historiadores, Atlântida poderia ser uma
mitificação da cultura minóica, que floresceu na ilha de Creta até o
final do século XVI a.C.. Os ancestrais dos gregos, os micênicos,
tiveram, no início de seu desenvolvimento na Península Balcânica,
contato com essa civilização, culturalmente e tecnologicamente muito
avançada. Com os minóicos, os micênicos aprenderam arquitetura,
navegação e o cultivo de oliveiras, elementos vitais da cultura helênica
posterior. No entanto, dois fortes terremotos e maremotos no Mar Egeu
solaparam as cidades e os portos minóicos, e a civilização de Creta
rapidamente desapareceu. É possível que as histórias sobre este povo
tenham ganhado proporções míticas ao longo dos séculos, culminando com o
conto de Platão.
Uma formulação moderna da história da Atlântida e dos atlantes foi feita
por Helena Petrovna Blavatsky, fundadora da Teosofia. Em seu principal
livro, A Doutrina Secreta, ela descreve em detalhes a raça atlante, seu
continente e sua cultura, ciência e religião[6].
Existem alguns cientistas que remetem a localização da Atlântida a um
local sob a superfície da Antártica.
A localização mais recente sugerida pela imagem obtida com o Google
Earth por um engenheiro aeronáutico e publicada no tablóide The Sun[7]
mostrando contornos que poderão indicar a construção de edificios numa
vasta extensão com dimensões comparáveis ao País de Gales e situado no
oceano atlântico numa área conhecida como o abismo plano da Ilha da
Madeira.
20.5.3 - Menções na literatura:
A menção conhecida mais antiga é a feita pelo filósofo grego Platão
(428-347 a.C.) em dois dos seus diálogos (Timeu e Crítias).[8] Platão
conta-nos que Sólon, no curso das suas viagens pelo Egito, questiona um
sacerdote que vivia em Sais, no delta do Nilo e que este lhe fala de
umas tradições ancestrais relacionadas com uma guerra perdida nos anais
dos tempos entre os atenienses e o povo atlante. Segundo o sacerdote, o
povo de Atlantis viveria numa ilha localizada para além dos pilares de
Heracles, onde o Mediterrâneo terminava e o Oceano começava.
Quando os deuses helênicos partilhavam a terra, conta o sacerdote, a
cidade de Atenas pertencia à deusa Atena e Hefesto, mas Atlântida
tornou-se parte do reino de Poseidon, deus dos mares.
Em Atlântida, nas montanhas ao centro da ilha, vivia uma jovem órfã de
nome Clito. Conta a lenda que Poseidon ter-se-ia apaixonado por ela e,
de maneira a poder coabitar com o objeto da sua paixão, teria erguido
uma barreira constituída por uma série de muralhas de água e fossos
aquíferos em volta da morada da sua amada. Desta maneira viveram por
muitos anos e desta relação nasceram cinco pares de gêmeos. Ao mais
velho o deus dos mares batizou de Atlas. Após dividir a ilha em dez
áreas circulares, o deus dos mares concedeu supremacia a Atlas,
dedicando-lhe a montanha de onde Atlas espalhava o seu poder sobre o
resto da ilha.
Em cada um dos distritos (anéis terrestres ou cinturões), reinavam as
monarquias de cada um dos descendentes dos filhos de Clito e Poseidon.
Reuniam-se uma vez por ano no centro da ilha, onde o palácio central e o
templo a Poseídon, com os seus muros cobertos de ouro, brilhavam ao sol.
A reunião marcava o início de um festival cerimonioso em que cada um dos
monarcas dispunha-se à caça de um touro; uma vez o touro caçado,
beberiam do seu sangue e comeriam da sua carne, enquanto sinceras
críticas e cumprimentos eram trocados à luz do luar.
Atlântida seria uma ilha de extrema riqueza vegetal e mineral; não só
era a ilha magnificamente prolífica em depósitos de ouro, prata, cobre,
ferro etc, como ainda de oricalco, um metal que brilhava como fogo.
Os reis de Atlântida construíram inúmeras pontes, canais e passagens
fortificadas entre os seus cinturões de terra, cada um protegido com
muros revestidos de bronze no exterior e estanho pelo interior, entre
estes brilhavam edifícios construídos de pedras brancas, pretas e
vermelhas.
Tanto a riqueza e a prosperidade do comércio, como a inexpugnável defesa
das suas muralhas, se tornariam imagens de marca da ilha.
Pouco mais se sabe de Atlântida. Segundo Platão, esta foi destruída por
um desastre natural (possivelmente um terremoto ou maremoto) cerca de
9000 anos antes da sua era. Crê-se ainda que os atlantes teriam sido
vítimas das suas ambições de conquistar o mundo, acabando por ser
dizimados pelos atenienses.
Outra tradição completamente diferente chega-nos por Diodoro da Sicília,
em que os atlantes seriam vizinhos dos líbios e que teriam sido atacados
e destruídos pelas amazonas.
Segundo outra lenda, o povo que habitava a Atlântida era muito mais
evoluído que os outros povos da época, e, ao prever a destruição
iminente, teria emigrado para a África, sendo os antigos egípcios
descendentes dos atlantes.
Na cultura pop do séc. XX, muitas histórias em quadrinhos, filmes e
desenhos animados retratam Atlântida como uma cidade submersa, povoada
por sereias ou outros tipos de humanos subaquáticos.
20.5.4 - Atlântida na cultura popular:
Algumas referências a AtlÂntida na mídia:
• A Queda de Atlântida, romance de Marion Zimmer Bradley; e sua
continuação imediata, Os Ancestrais de Avalon escrito por sua
colaboradora Diane L. Paxson.
• Vinte Mil Léguas Submarinas, romance de Julio Verne: No capítulo XI, o náutilo visita as ruínas de Atlântida.
• Morte no Colégio, romance juvenil de Luis Eduardo Matta
• Atlantis, romance de David Gibbins
• Morte na Atlântida, romance de Clive Cussler
• É possível ver uma identificação da Númenor de Tolkien com Atlântida.
Os dúnedain, dentre os quais se destaca Aragorn, eram descendentes dos
Númenorianos. Aragorn se torna rei de Gondor, reino cujos reis
descendiam de Númenorianos. O conto sobre a queda de Númenor tem o nome
de Atallänte.
• Robert E. Howard escreveu sobre Kull, rei da Atlântida. Os cimérios,
dentre os quais se destaca Conan, eram descendentes dos atlantes.
• O desenho animado Atlantis: The Lost Empire da Disney narra a
redescoberta de Atlântida.
• O anime Fushigi no umi no Nadia que é baseado no romance de Julio
Verne.
• Em Futurama, a Atlântida é formada pelos sobreviventes de Atlanta.
• As séries televisivas Stargate SG-1 e Stargate Atlantis, retratam uma
cidade criada pelos "Antigos", que seriam o povo que construiu a cidade.
Nesta série, a Atlantis real não fica no planeta Terra.
• Em As Crônicas de Nárnia, O Sobrinho do Mago, há anéis que, segundo um
personagem, vieram de Atlântida.
• No jogo Tomb Raider: The Atlantean Scion e em seu remake Lara Croft
Tomb Raider Anniversary, a arqueóloga Lara Croft recupera um valioso
artefacto nessa mesma ilha, mas esta última explode. Em "Tomb Raider
Underworld" há referências à ilha da mesma forma.
• A Lucas Arts produziu em 1994 o jogo Indiana Jones and The Fate of
Atlantis, onde o herói impedia que artefatos atlantes caíssem em mãos
nazistas.
• Na série de Animes Yu-Gi-Oh! Duel Monsters na quinta temporada,
aparece o antigo rei de Atlantis, Dartz que quer roubar as almas de
humanos para ressuscitar seu deus, o grande Leviatan
• A Microsoft produziu em 2002 o jogo Age of Mythology e em 2003, Age of
Mythology the Titans, em que se joga com um comandante atlante, Arkantos,
em várias batalhas. |