Hoje, a antroposofia, ciência espiritual
que influencia diversas escolas do conhecimento,
faz analogia entre os princípios alquímicos e as forças
básicas atuantes na alma humana: o
pensar
(sal), o sentir
(mercúrio) e o querer (enxofre). Para Ivan
Stratievsky, médico e cirurgião antroposófico, o ouro
alquímico, por exemplo, nada mais é que o self, o verdadeiro
Eu. "Para chegarmos lá", diz ele, "precisamos lidar com as
polaridades internas, pensando, sentindo e querendo de
maneira equilibrada."
Precursora da química e da medicina, foi a ciência principal
da Idade Média. A busca da pedra filosofal e da capacidade
de transmutação dos metais, incluía não só as experiências
químicas, mas também uma série de rituais. A filosofia
Hermética era um dos seus alicerces, assim também como
partes de Cabala e da Magia.
A magia é a primeira das ciências e a mais caluniada de
todas, porque o vulgo obstina-se em confundir a magia com a
bruxaria supersticiosa cujas práticas abomináveis são
denunciadas.
A Alquimia tomou emprestado da Cabala todos os seus
signos, e era na lei das analogias, resultantes da harmonia
dos contrários, que baseava suas operações.
Ao longo do tempo, diversos alquimistas descobriram que a
verdadeira transmutação ocorria no próprio homem, numa
espécie de Alquimia da Alma; diversos outros permaneceram na
busca sem sucesso do processo de transformações de metais
menos nobres em ouro; afirma-se que alguns mestres atingiram
seus objetivos.
A alquimia também preocupava-se com a Cosmogonia do
Universo, com a astrologia e a matemática. Os escritos
alquímicos, constituíam-se muitas vezes, de modo codificado
ou dissimulado, daí, talvez a conotação dada ao termo
hermético ( fechada), acessível apenas para os iniciados.
A palavra alquimia, do árabe,
al-khimia,
tem o mesmo significado de química, só que, esta química,
antigamente designada por espargiria, não é a que atualmente
conhecemos, mas sim, uma química transcendental e
espiritualista. Sabe-se, que al, em árabe, designa Ser
supremo o Todo-Poderoso, como Al-lah. O termo alquimia,
designa desde os tempos mais recuados, a ciência de Deus, ou
seja a química de Al.
A alquimia é a arte de trabalhar e aperfeiçoar os corpos com
a ajuda da natureza. No sentido restrito do termo, a
alquimia sendo uma técnica é, por isso, uma arte prática.
Como tal, ela assenta sobre um conjunto de teorias relativas
à constituição da matéria, à formação de substâncias
inanimadas e vivas, etc.
Para um alquimista, a matéria é composta por três princípios
fundamentais, Enxofre, Mercúrio e Sal, os quais poderão ser
combinados em diversas proporções, para formar novos corpos.
No dizer de Roger Bacon, no Espelho da Alquimia,
«...A alquimia é a ciência que ensina a preparar uma certa
medicina ou elixir, o qual, sendo projetado sobre os metais
imperfeitos, lhe comunica a perfeição...»
A alquimia operativa, aplicação direta da alquimia teórica,
é a procura da pedra filosofal. Ela reveste-se de dois
aspectos principais: a medicina universal e a transmutação
dos metais, sendo uma, a prova real da outra.
Um alquimista, normalmente, era também um médico, filósofo e
astrólogo, tal como Paracelso, Alberto Magno, Santo
Agostinho, Frei Basílio Valentim e tantos outros grandes
Mestres hoje conhecidos pelas suas obras reputadas de
verdadeiras.
Cada Mestre tinha os seus discípulos a quem
iniciava na Arte, transmitindo-lhe os seus conhecimentos.
Além disso, para que esse conhecimento perdurasse pelos
tempos, transmitiram-no também por escrito, nos livros que
atualmente conhecemos, quase sempre escritos sob pseudônimo,
de forma velada, por meio de alegorias, símbolos ou figuras.
É isto que dificulta o estudo da alquimia, porque esses
símbolos e figuras não têm um sentido uniforme. Tudo era, e
atualmente ainda é, deixado à obra e imaginação dos seus
autores.
A transmutação de qualquer metal em
ouro, o elixir da longa vida são na realidade coisas
minúsculas diante da compreensão do que somos. A Alquimia é
a busca do entendimento da natureza, a busca da sabedoria,
dos grandes conhecimentos e o estudante de alquimia é um
andarilho a percorrer as
estradas da vida.
O verdadeiro alquimista é um iluminado, um sábio
que compreende a simplicidade do nada absoluto. É capaz de
realizar coisas que a ciência e tecnologias atuais jamais
conseguirão, pois a Alquimia está pautada na energia
espiritual e não somente no materialismo e a ciência a muito
tempo perdeu este caminho.
A Alquimia é o conhecimento máximo, porém é muito difícil de
ser aprendida ou descoberta. Podemos levar anos até
começarmos a perceber que nada sabemos, vamos então começar
imediatamente pois o prêmio para os que conseguirem é o mais
alto de todos.
A Alquimia é uma Arte que se utiliza de grande número de
símbolos, e por isso mesmo muitas vezes há referencias a ela
com o nome de Ars Symbollica. O grande símbolo da Alquimia
é a borboleta, por causa do efeito da metamorfose. Um
dos símbolos que mais aparecem nos trabalhos de Alquimia é a
figura do hermafrodita, ou andrógino.
Fonte:
http://www.misteriosantigos.com/alquimia.html
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Grandes sistemas
simbólicos e metafísicos foram construídos sobre esses sete pilares da
alquimia. A literatura oculta chinesa e egípcia antigas, são consideradas os
alicerces sobre os quais a alquimia se apóia. Ela era muito popular na
Europa medieval, onde um dos livros mais sagrados dos alquimistas tinha sido
alegadamente escrito pelo deus egípcio Tote, conhecido como Hermes
Trimegisto (Hermes = o três vezes sagrado). (Hermes era o deus grego que
servia como mensageiro de entregava as almas dos mortos para Hades.) Em
1445, um manuscrito intitulado Corpus Hermeticum começou a circular
em Florença, na Itália. Era alegadamente uma compilação do conhecimento
alquímico, astrológico e mágico do deus egípcio. No entanto, agora sabe-se
que a obra tinha origem européia e datava de algum tempo após a época em que
Tote prosperava. A obra é repleta de encantamentos e feitiços mágicos, e
outras idéias ocultas inúteis.
Hoje em dia, o
motivo da transmutação é grandemente ignorado, ao passo que os motivos da
transcendência e médico ainda têm força em áreas como a homeopatia e a
aromaterapia. Muitos dos alquimistas modernos combinam sua arte oculta com a
astrologia, acupuntura, hipnose e uma ampla variedade de buscas espirituais
da Nova Era.
Diferentemente da
química moderna, que teve origem na alquimia, a antiga arte é fortemente
espiritual. Os alquimistas podem ter sido os primeiros a testar suas idéias
através da criação de experiências, mas devido aos seus propósitos e crenças
intensamente metafísicas, não desenvolveram métodos científicos modernos. A
alquimia nunca se separou do sobrenatural, do mágico e do supersticioso.
Talvez seja por isso que ela ainda seja popular, embora não tenha conseguido
praticamente nada de valor duradouro. Os alquimistas nunca transmutaram
metais, nunca encontraram uma panacéia, e nunca descobriram a fonte da
juventude.
Alguns
alquimistas, no entanto, realmente fizeram contribuições para o avanço do
conhecimento. Por exemplo, Paracelso (1493-1541) introduziu o conceito da
doença na medicina. Rejeitou a idéia de que a doença era uma questão de de
desequilíbrio ou desarmonia no corpo, embora essa visão seja preferida pelos
alquimistas modernos. Pelo contrário, Paracelso sustentava que as doenças
eram causadas por agentes externos ao corpo, que o atacavam. Recomendava
várias substâncias químicas para combater as doenças.
A alquimia
continua prosperando entre os anticientíficos.
Robin Murphy, por exemplo, uniu a
alquimia à homeopatia e à astrologia para criar sua própria marca de
medicina alternativa. O Alchemical Institute anuncia a
Hipnoterapia Alquímica para
aqueles que buscam uma terapia Nova Era de fortalecimento, baseada em
pseudociências ocultas. O alquimista
John Reid promete
saúde e sucesso na busca da QUINTESSÊNCIA! É importante observar que a
ciência como nós a conhecemos só foi capaz de se desenvolver quando a busca
por essências e
pela quintessência das coisas foi abandonada.
Fonte:
http://skepdic.com/brazil/alquimia.htmll
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